Primavera Chega ao Hemisfério Sul: Equinócio Marca a Mudança de Estação

© Marcello Casal jr/Agência Brasil

 

Às 3h50 da madrugada deste sábado (23), inicia-se oficialmente a primavera no hemisfério sul, acompanhada pelo equinócio, quando o dia e a noite possuem a mesma duração. No hemisfério norte, este momento marca o início do outono.

O Observatório Nacional esclarece que a caracterização das estações do ano se dá pela maneira como os raios solares incidem nos hemisférios. “Além da temperatura, um dos efeitos que evidenciam as estações é a variação dos comprimentos dos dias, ou seja, a quantidade de tempo que o Sol fica acima do horizonte”, informou a instituição ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Essas variações sazonais são mais perceptíveis à medida que nos afastamos da linha do equador, pois essa linha imaginária que divide os dois hemisférios reduz a manifestação das características de cada estação nas regiões próximas a ela.

“No início da primavera, os dias terão aproximadamente o mesmo comprimento das noites. No hemisfério sul, os dias vão ficando cada vez maiores e as noites cada vez menores, até o maior dia do ano, que ocorre no início do verão, em 22 de dezembro deste ano”, explicou Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional.

As diferentes estações do ano resultam da inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano de órbita e da posição do planeta em seu movimento de translação ao redor do Sol.

Os solstícios e equinócios não ocorrem sempre nos mesmos dias do ano. Esse fenômeno é devido ao fato de que o tempo entre dois equinócios é menor que o ano sideral, definido como o tempo de translação da Terra ao redor do Sol.

“O nosso Calendário Gregoriano baseia-se no ano trópico e institui um ano bissexto em todos os anos divisíveis por quatro, exceto para séculos inteiros, que só são bissextos se forem múltiplos de 400. Isso faz com que o instante do início de uma estação seja próximo ao instante do início da mesma estação quatro anos antes ou quatro anos depois”, concluiu o Observatório.