Atriz Léa Garcia falece aos 90 anos durante o Festival de Cinema de Gramado

(crédito: Reprodução/Instagram/@mckatiaafiel)

 

O cenário artístico brasileiro sofreu uma triste perda nesta terça-feira (15/8), com o falecimento da renomada atriz Léa Garcia, aos 90 anos. A notícia do seu falecimento foi confirmada nas redes sociais oficiais da artista. Léa encontrava-se no Festival de Cinema de Gramado, no Rio Grande do Sul, onde participava de uma homenagem preparada pela produção do evento.

Conhecida por seu talento versátil e marcante, Léa Garcia conquistou seu lugar na memória dos brasileiros através de diversos papéis de destaque em televisão e teatro. Um de seus personagens mais memoráveis foi o de Rosa, na icônica novela “Escrava Isaura”. Léa e a atriz Laura Cardoso seriam homenageadas durante o Festival de Cinema de Gramado nesta terça-feira, em um tributo que infelizmente foi interrompido pelo triste falecimento da atriz.

Nascida no Rio de Janeiro em 11 de março de 1933, Léa Garcia iniciou sua paixão pelas artes cênicas sob a influência do dramaturgo e ativista social Abdias do Nascimento. Sua estreia no mundo da atuação ocorreu na peça “Rapsódia Negra” (1952), no Teatro Experimental do Negro.

Sua carreira televisiva teve início na TV Tupi, com atuações marcantes no Grande Teatro durante a década de 1950. Entre seus papéis de destaque, encontram-se Dalva, em “Assim na Terra como no Céu”, e Rosa, a inesquecível vilã da novela “Escrava Isaura”.

Embora tenha conquistado admiradores e reconhecimento por sua atuação talentosa, a personagem Rosa também foi alvo de um grande ódio por parte do público, o que levou a atriz a enfrentar até mesmo violência física nas ruas por parte daqueles que detestavam a vilã.

O último papel de Léa Garcia na televisão foi em “Mister Brau”, em 2017, onde interpretou Dona Antônia. Além disso, estava escalada para integrar o elenco do remake da novela “Renascer”, da TV Globo, com previsão para a faixa das 21h após as tramas “Terra” e “Paixão”. A atriz interpretaria Chica Xavier, a empregada da casa de José Inocêncio, papel que na nova versão seria interpretado por Marcos Palmeira.

O legado de Léa Garcia na arte brasileira permanecerá vivo através de suas atuações memoráveis e de sua contribuição significativa para a indústria do entretenimento. Seu talento e carisma continuarão a inspirar gerações futuras de artistas e admiradores do mundo das artes.