Nesta quarta-feira (26), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o ajuste fiscal não pode ser feito em cima do trabalhador e defendeu a cobrança de grandes empresas que utilizavam incentivos fiscais para pagar menos tributos. Ele comentou o julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre esse tema, que poderá reforçar a arrecadação em até R$ 90 bilhões, mas ainda aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Haddad destacou que a cobrança é socialmente justa, pois incide sobre grandes empresas que se aproveitaram de uma interpretação da legislação que concedeu incentivos fiscais a estados para deixarem de pagar tributos. Ele criticou os empresários que sonegaram impostos, prejudicando quem depende de serviços públicos, como saúde e educação.
O ministro também evitou comentar a liminar do ministro André Mendonça, do STF, mas afirmou que, se necessário, o governo recorrerá a todas as instâncias para diminuir a sonegação. Haddad ressaltou que quando o Estado não cobra de quem não paga tributos, toda a sociedade paga pelo sonegador, por meio de inflação alta, juros altos e desemprego. Ele concluiu afirmando que é hora de o Brasil se encontrar consigo mesmo e fazer o que é necessário para salvaguardar os direitos constitucionais de quem mais precisa neste momento do Estado brasileiro.