À CNN Rádio, o infectologista Álvaro Furtado da Costa explicou que “prevenção combinada” é modelo atual mais adequado contra ISTs
Além da folia, o Carnaval também época de conscientização sobre as infecções sexualmente transmissíveis.
À CNN Rádio, o médico infectologista Álvaro Furtado da Costa explicou que a nomenclatura IST é adotada ao invés de DST (doenças sexualmente transmissíveis) por ser mais abrangente.
“Muitas das infecções são assintomáticas e doenças pressupõem que há sintomas, por isso, o novo nome busca estimular as pessoas para que se testem.”
De acordo com o médico, as pessoas não pensam em ISTs fora do Carnaval: “Falamos pouco de algo que é um problema de saúde pública mundial, são 360 milhões de casos todo ano.”
O especialista disse que o Carnaval aumenta a vulnerabilidade de contrair sífilis, gonorreia, hepatites ou mesmo HIV.
“É importante trazer conceitos gerais prevenção, além do preservativo, que é excelente.”
Segundo ele, “há a testagem regular, além de vacinas disponíveis no Plano Nacional de Imunização, como contra Hepatite e HPV.”
“Também há estratégia poderosa de prevenção contra HIV, como profilaxia antes da exposição, o PREP, e pós exposição, PEP.”
Como, então, definir prevenção e sexo protegido? “Todas as ferramentas são importantes, além da capacidade de cada pessoa usar as ferramentas, o modelo atual da chamada prevenção combinada, em que o indivíduo escolhe o melhor método.”
O infectologista lamentou a dificuldade de falar sobre a prevenção de forma clara, especialmente em escolas.
“Há muito julgamento, como se fosse a pior coisa, e jovens têm medo de pegar e mesmo de testar, é difícil atingir metas, por isso temos número ruim de casos e falta comunicação sobre o assunto”, concluiu.
*Com produção de Bruna Sales