Um dos maiores ídolos do Fluminense, atacante Fred, 38 anos, fez recentemente sua partida de despedida do clube e dos gramados. Com idade inferior aos 40, a variedade de profissões que o agora ex-jogador pode tentar exercer a partir de agora é muito grande.
Claro que, por se tratar de um ex-jogador, a maioria acredita que ele deve ser tornar um treinador ou, como casos mais recentes, um coach ou mentor dentro do mercado do futebol.
O especialista em gestão financeira Vinicius Guarnieri comentou que é importante dizer que coach e mentor são duas profissões distintas.
Inicialmente, disse que o coach apenas faz perguntas, é o parteiro da luz que está no Coachee. Sem sugerir ideias para as referências fixadas como metas, ou soluções para os problemas escolhidos como tema do Coaching, este sabe elaborar, de forma aberta, as perguntas que levam o Coachee à reflexão”.
“O Coach ainda pode questionar o seguinte: quais são as evidências que você tem para dizer que isto se dará desta forma, por esses caminhos? E o seu coachee/ouvinte volta a refletir, até que esteja seguro de que o caminho decidido lhe é sensivelmente o melhor”, completou o especialista.
Ainda segundo Guarnieri, o Mentor é alguém que, obrigatoriamente, tem experiência acumulada naquele campo específico para o qual foi procurado.
“Ou seja, mentor é específico, não genérico”, esclareceu.
Para Guarnieri é preciso, para ser mentor, que o profissional tenha, ao longo do tempo, acumulado muita experiência em sua atividade, para responder as perguntas que seu mentorado fará, pois este deseja abreviar caminhos com base na experiência de seu mentor. O mentor, ainda conforme Guarnieri, pode, portanto, apontar o rumo, sugerir alternativas, dar conselhos.
“Vale reforçar que são duas carreiras absolutamente diferentes, para perfis de pessoas diferentes”, alertou.
“Digo por mim, formei-me como Coach, com excelente formação. No entanto, posso dizer que sou um péssimo Coach e um excelente Mentor. Meu tom professoral, de consultor, traduz-se por minha habilidade em saber, de forma didática, explicar o caminho a ser seguido. Atuando como Coach, acabava enveredando por essa linha, o que não é recomendável”, emendou.
O especialista exemplificou que um jogador de futebol que se aposenta deve pensar primeiro qual é sua maior habilidade: perguntar ou responder? “Com a experiência acumulada em campo, é natural que, na essência, saiba dizer o que é melhor fazer, em determinado momento. Se tiver sabedoria e serenidade para inspirar paciência em seu coache e esperar que este reflita e descubra o que é melhor para si, ou seja, se souber aguardar que a luz brote em seu coachee, seria um Coach muito procurado pelos resultados que gera e essa atividade lhe traria a satisfação plena”, prognosticou.
Para Vinícius, se sua pegada for na linha de sugerir caminhos, apontar soluções, você será um mentor realizado.
Segundo ele, o importante é saber que, para uma ou outra atividade, não há idade limite, ao contrário, toda experiência é válida. “Cabelos brancos, quanto mais tiver, mais serão prova de segurança no que responde ou pergunta”, advertiu.
“Inicie o seu negócio, seja em qual viés for, mais inicie! Pratique o “TBC” (Tire a Bunda da Cadeira), saia, vá em frente e verá que, independentemente da idade, há muito o que fazer, há muita vida depois da aposentadoria”, finalizou.
Sobre Vinícius Guarnieri
Miguel Vinícius Guarnieri de Almeida Ferreira, ou Vinícius Guarnieri, é Engenheiro Agrônomo e especialista em Gestão Financeira. Fundador do Instituto de Transformação de Empresas (ITEM). Graduado em Engenharia Agrônoma pela Universidade Federal de Lavras (MG). É educador financeiro da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN); consultor especialista em recuperação e reestruturação de empresas e treinamentos de equipes e desenvolvimento pessoal, além de ser palestrante, professor universitário, escritor e autor de vários livros.
