Antonio Palocci resolveu adiar o lançamento de seu livro contando os bastidores dos governos petistas.
O ex-ministro avalia que o momento não é adequado para a publicação, mas que poderia mudar de ideia num futuro próximo.
Na obra, Palocci relata em primeira pessoa sua história no PT, a amizade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu papel como tesoureiro da campanha de 2002, depois como ministro da Fazenda e coordenador da campanha de Dilma, com bastidores inéditos.
Em 2017, após firmar um acordo de colaboração premiada, Palocci escreveu ao PT uma dura carta, na qual pediu sua desfiliação e falou do choque de ver “Lula sucumbir ao pior da política”.
Em dezembro passado, ele retirou a tornozeleira eletrônica ao ser beneficiado com a anulação de sua condenação num processo sobre pagamento de propina da Odebrecht ao PT. O ex-tesoureiro João Vaccari Neto e o publicitário João Santana também se livraram das penas.
Espera-se que o ex-ministro mude de ideia sobre a publicação do livro ainda este ano e não repita Márcio Thomaz Bastos, que deixou um diário com 17 volumes de segredos dos tempos petistas, mas que só serão conhecidos 50 anos após sua morte, ocorrida em 2014.
A pergunta permanece, por enquanto: O que espera?