Greve mobiliza 400 servidores em frente ao Banco Central

 

 

Servidores já planejam outras manifestações no dia 25 e 26 de janeiro

 

A sede do Banco Central, em Brasília, foi o local onde cerca de 400 servidores públicos ficaram mobilizados na deflagração de greve na manhã desta terça-feira (18). Eles defendem reajuste salarial para todas as categorias entre outras reivindicações.

Já à tarde, às 14h, os manifestantes seguirão para o Ministério da Economia, onde o alvo dos protestos será o titular da pasta, Paulo Guedes, bastante refratário a negociar com os servidores federais.

A mobilização foi organizada pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate) e pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Juntas, as redes sindicais representam mais de 200 mil servidores.

Com trio elétrico e bateria, os manifestantes foram embalados pela música “Vida de Gado”, do cantor Zé Ramalho. “É duro tanto ter que caminhar e dar muito mais do que receber”, cantam com ênfase os servidores. Segundo a categoria, no governo Bolsonaro, o congelamento salarial da classe já chega a cinco anos.

Ao fim da canção, subiu no trio elétrico o presidente da Sindicato Nacional dos funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad. Ele frisou que, “não havendo negociação com o governo até a segunda quinzena de janeiro, terá paralisação em fevereiro”.

A revolta do funcionalismo público começou após o Congresso Nacional aprovar o Orçamento de 2022, que cortou verbas da Receita Federal e reservou R$ 1,7 bilhão para reajuste salarial exclusivo a policiais federais, em pleno ano eleitoral. O aumento para a categoria partiu de uma demanda do próprio presidente Jair Bolsonaro (PL).

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