
Servidores já planejam outras manifestações no dia 25 e 26 de janeiro
A sede do Banco Central, em Brasília, foi o local onde cerca de 400 servidores públicos ficaram mobilizados na deflagração de greve na manhã desta terça-feira (18). Eles defendem reajuste salarial para todas as categorias entre outras reivindicações.
Já à tarde, às 14h, os manifestantes seguirão para o Ministério da Economia, onde o alvo dos protestos será o titular da pasta, Paulo Guedes, bastante refratário a negociar com os servidores federais.
A mobilização foi organizada pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate) e pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Juntas, as redes sindicais representam mais de 200 mil servidores.
Ao fim da canção, subiu no trio elétrico o presidente da Sindicato Nacional dos funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad. Ele frisou que, “não havendo negociação com o governo até a segunda quinzena de janeiro, terá paralisação em fevereiro”.
No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022. Caso não haja resposta do governo, servidores planejam outras mobilizações nos dias 25 e 26 de janeiro
A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajuste.
De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama.
A revolta do funcionalismo público começou após o Congresso Nacional aprovar o Orçamento de 2022, que cortou verbas da Receita Federal e reservou R$ 1,7 bilhão para reajuste salarial exclusivo a policiais federais, em pleno ano eleitoral. O aumento para a categoria partiu de uma demanda do próprio presidente Jair Bolsonaro (PL).
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