Novo hospital acoplado de Samambaia terá 100 leitos

A construção da unidade acoplada ao HRSam vem sendo articulada pelo governo nas últimas semanas. Ainda estão sendo construídos três hospitais de campanha, com 100 leitos de UTI cada, para tratar pacientes com covid-19 | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

 

Doações das redes D’Or São Luiz e Dasa Ímpar, além do Instituto BRB, viabilizam R$ 9 milhões para construção da unidade brasiliense

 

Em um gesto de solidariedade e comprometimento no combate ao coronavírus (covid-19), as redes hospitalares D’Or São Luiz e Ímpar doaram, cada uma, R$ 2 milhões para a construção de uma unidade acoplada ao Hospital Regional de Samambaia (HRSam). O ato ocorreu no gabinete do governador Ibaneis Rocha, no Palácio do Buriti, com a presença de gestores das duas redes; do vice-governador Paco Britto; do secretário de Saúde, Osnei Okumoto; e do presidente do Banco de Brasília, Paulo Henrique Costa.

A unidade que será construída em Samambaia terá estrutura semelhante à erguida no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), doada pela empresa JBS, e chega para somar aos esforços do governo em enfrentar o vírus em todo o DF. Ao todo, a estrutura vai dispor de 100 leitos.

“Em nome de todos os moradores do Distrito Federal eu agradeço ao empenho e generosidade das empresas que estão entendendo a gravidade da situação e contribuindo. Em 35 dias, teremos mais um hospital com 100 leitos”Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal

A construção da unidade acoplada ao HRSam vem sendo articulada pelo governo nas últimas semanas. As empresas hospitalares da rede particular participaram com R$ 4 milhões. Além disto, doaram ainda dez leitos de UTI. O Comitê Todos Contra a Covid-19 doou mais R$ 2 milhões e o Instituto BRB, R$ 3 milhões, totalizando os R$ 9 milhões.

“Em nome de todos os moradores do Distrito Federal eu agradeço ao empenho e generosidade das empresas que estão entendendo a gravidade da situação e contribuindo. Em 35 dias, teremos mais um hospital com 100 leitos”, avalia o governador Ibaneis Rocha. “Este é um modelo que quero estender para o maior número de hospitais do DF porque vai ficar integrado definitivamente em nossa rede de saúde. Já pedi a Secretaria de Saúde que estude onde poderemos ter novos hospitais acoplados”, adiantou.

“É um gesto importante da iniciativa privada, que está ajudando o governo e a população do DF. Eu, como coordenador do Comitê Todos Contra a Covid-19, agradeço ao grupo Ímpar, à Rede D’Or e ao Instituto BRB essas doações que viabilizam a construção do hospital acoplado de Samambaia”, disse o vice-governador Paco Britto. “O hospital de Samambaia tem um espaço importante para que se possa fazer o aumento dele. São mais 100 leitos. Como legado vai ser muito importante e a população daquela região será muito bem assistida”, acrescentou Osnei Okumoto.

Vice-presidente executivo da rede D’Or São Luiz, Maurício Lopes elogiou a iniciativa do governo e se mostrou empolgado com o projeto. “Temos grande satisfação em participar, doamos dez leitos de UTI em parceria com a rede Dasa Ímpar e mais R$ 4 milhões para o fundo solidário. O projeto [hospital] tem características essenciais para nós. Ele é rápido de ser construído, entregue rápido para a população, e vai ajudar bastante no contorno da pandemia. E é um equipamento permanente para a cidade e vai por vários anos ajudar a população da região”, observa.

Benefícios

Já o presidente da rede Dasa Ímpar, Romeu Domingues, aponta os benefícios da unidade acoplada para a população quando a pandemia passar. “Feliz em participar. O hospital vai ajudar muito Brasília no momento da pandemia e depois ficará de legado para fazer os atendimentos eletivos. As pessoas que não podem fazer o tratamento agora vão ter no futuro um tratamento de qualidade. É uma iniciativa inovadora. Que ela sirva de exemplo para outros estados”, espera Romeu Domingues.

À frente do BRB, Paulo Henrique Costa elogiou a iniciativa de o Instituto BRB também colaborar financeiramente com a iniciativa. “O Instituto BRB e o BRB têm orgulho de participar dessa iniciativa. Sempre falamos que o banco público tem um papel diferente, de ir além do papel tradicional de uma instituição financeira e ajudar a transformar a realidade. Gerar emprego, renda, melhoria da qualidade de vida… Não existe nada mais precioso nesse momento do que fortalecer a estrutura do sistema público de saúde. Essa iniciativa, além de ter impacto grande nesse momento, deixa um legado para o sistema de saúde do DF”, comemora.

Reforço no atendimento

O governo local está construindo ainda três hospitais de campanha, com 100 leitos de UTI cada, para tratar pacientes com coronavírus. As unidades estão distribuídas no Plano Piloto, Ceilândia e Gama.

Enquanto a montagem dos equipamentos segue em ritmo acelerado, nesta quarta-feira (31), foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal o edital para contratação emergencial da empresa que vai gerir os novos hospitais de campanha para atender pacientes com covid-19.

O contrato terá duração de 180 dias. Caberá à contratada oferecer serviços de gestão integrada de leitos hospitalares, com suporte ventilatório pulmonar e terapia renal substitutiva beira-leito.

O contrato também prevê que a empresa contratada forneça manutenção e insumos necessários ao funcionamento dos equipamentos (incluindo computadores e impressoras) e atendimento dos pacientes (medicamentos, materiais médico-hospitalares, gases medicinais e esterilização de equipamentos e materiais, além de alimentação, nutrição enteral e parenteral).

 

Com informações da Agência Brasília