Iges-DF conta com mais de 1,7 mil pontos de oxigênio

HRSM tem 639 pontos de oxigênio além de outros de retaguarda | Fotos: Davidyson Damasceno/Iges-DF

 

São falsas as notícias de que haveria desabastecimento do produto e que pontos de distribuição estão sendo improvisados

 

Todas as oito unidades administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) estão com seus estoques de oxigênio normalizados, não havendo risco de desabastecimento em razão do aumento do número de pacientes internados por causa da nova onda do coronavírus. Em algumas unidades, como no Hospital Regional de Santa Maria (HSRM), foram instalados expansores dos pontos de oxigênio para ampliar a oferta do produto e, assim, atender ao crescente número de pacientes com covid-19.

933Pontos de oxigênio no Hospital de Base

A informação foi dada nesta segunda-feira (15) pela direção do Iges-DF diante de falsas notícias de que as unidades do instituto estariam desabastecidas de oxigênio e que pontos de distribuição do produto estariam sendo improvisados. Essas notícias, destaca a instituição, apenas contribuem para propagar pânico na população e prejudicar os esforços dos profissionais de saúde que estão na linha de frente no socorro às vítimas do coronavírus.

A oferta de oxigênio, segundo o Iges-DF, é de extrema importância para garantir a manutenção da vida dos pacientes com comprometimento pulmonar. Para atendê-los, atualmente estão instalados 1.760 pontos de oxigênio no Hospital de Base (HB), no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e nas seis unidades de pronto atendimento (UPAs). Desse total, pelo menos 300 estão sendo utilizados exclusivamente para pacientes com covid-19. O número de pontos pode aumentar na proporção em que forem instalados novos leitos.

Distribuição dos pontos de oxigênio

Segundo levantamento do Iges-DF, o HB conta com 933 pontos, dos quais, atualmente, 75 estão disponíveis exclusivamente para pacientes com covid-19 em unidade de terapia intensiva (UTIs), em unidades de cuidados intermediários (UCIs) e em leitos de enfermaria.

No HRSM estão disponíveis 639 pontos de oxigênio, todos em condições de uso. Desses, 130 estão instalados no pronto-socorro e nas UTIs para pacientes com covid-19, que funcionam, respectivamente, no primeiro e no quinto andar do hospital. Além disso, no terceiro andar há pontos de retaguarda, que podem ser disponibilizados conforme a demanda.

“As UPAs dispõem de tomadas duplas para oxigênio, o que permite atender dois pacientes com um ponto de saída do produto”Irene Ferreira, chefe da Vigilância Epidemiológica das UPAs

O Iges-DF administra as UPAs de Ceilândia, do Núcleo Bandeirante, do Recanto das Emas, de São Sebastião, de Samambaia e de Sobradinho. Nessas seis unidades estão disponíveis 188 pontos de oxigênio, sendo que pelo menos 94 são destinados exclusivamente para pacientes com covid-19.

Não há gambiarra

O Iges-DF informa que tem adotado diversas providências para que nenhum paciente com covid-19 fique sem atendimento. Uma das medidas tem sido a ampliação da oferta de pontos de oxigênio no Hospital de Santa Maria, que vem recebendo grande número volume de pacientes com coronavírus.

Para ampliar a oferta, a direção do HRSM determinou a instalação de expansores em dois pontos de oxigênio do Pronto-Socorro Covid-19. Cada ponto conta com três expansores, conectados uns aos outros. Assim, foi possível expandir o fornecimento de oxigênio de um para oito pacientes atendidos naquele setor.

Essa readequação física é uma estratégia lícita que garante assistência a quem precisa, conforme o gerente de logística do HRSM, Fúlvio Gouveia Fontana. “Nesse procedimento não há nenhum tipo de compartilhamento de tubos ou válvulas entre os pacientes, garantindo a segurança de todos”, afirma.

A mesma operação pode ser adotada nas UPAs caso seja necessário ampliar a distribuição do produto para atender ao volume de pacientes internados com covid-19. “As UPAs dispõem de tomadas duplas para oxigênio, o que permite atender dois pacientes com um ponto de saída do produto”, explica a chefe da Vigilância Epidemiológica das UPAs, Irene Ferreira.

Uma alternativa tem sido instalar cilindros de oxigênio quando não há pontos de distribuição disponíveis. Assim, mesmo com lotação acima da capacidade de internação, “nenhum paciente deixa de receber atendimento”, ressalta a profissional.

 

*Com informações do Iges-DF