O Ministério Público Eleitoral de São Paulo denunciou, nesta quinta-feira, 25, o ex-prefeito Gilberto Kassab pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, caixa 2 eleitoral e associação criminosa.
Segundo a denúncia, Kassab recebeu, de maneira ilícita, mais de R$ 16 milhões do frigorífico JBS, entre 2014 e 2016, por causa de sua posição como ministro das Cidades, posição ocupada entre 2015 e 2016, e posteriormente, a pasta da Ciência, Tecnologia e Comunicações.
Os repasses eram feitos através de contratos fictícios, entre o grupo empresarial e a empresa Yape Assessoria e Consultoria, na qual Kassab tinha participação societária. A investigação teve início em 2017, após a delação premiada de executivos da JBS.
Na ocasião, Wesley Batista assumiu que remunerava o ex-prefeito por meio de contratos superfaturados e aluguel de caminhões. Também foram denunciados por envolvimento nos pagamentos, Renato Kassab, irmão do político e sócio da Yape, e Flávio Castelli Chueri, ex-tesoureiro do PSD.
A força-tarefa requereu à Justiça o valor mínimo de R$ 16,5 milhões, quantia que, segunda a acusação, é equivalente à propina paga ao ex-ministro. Em nota, a defesa de Gilberto Kassab disse que já apresentou documentação que demonstra a real e efetiva prestação dos serviços dos contratos com valores compatíveis com o mercado, executados por meio de contrato. O ex-prefeito também afirmou que confia na Justiça e na correção dos atos apurados.