O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira (26), que a Lei do Gás deverá ser votada pela Casa até a próxima terça-feira, 1º de setembro.
“Gás para hoje nunca foi marcado, no meu cronograma não era hoje e continua não sendo hoje. Mas, certamente, se não for entre hoje e amanhã, vai ser entre hoje e terça-feira, não tem dúvida nenhuma sobre isso”, disse.
O deputado Laércio Oliveira (PP-SE) (foto) é o relator no plenário e propôs manter o parecer aprovado na Comissão de Minas e Energia da Câmara no ano passado. Ele está há semanas em Brasília, se reunindo com partidos e deputados para tirar dúvidas e negociar o projeto, mas disse que, até o momento, há poucas resistências, inclusive dos partidos de oposição.
Teto de gastos e Renda Brasil
Na coletiva de imprensa no início da tarde desta quarta-feira (26) hoje, Maia também comentou sobre o programa Renda Brasil e afirmou que nada que desrespeite o teto de gastos será votado pelos parlamentares.
“Alguma solução para uma parte da sociedade, além do Bolsa Família, vai ter que ser encontrada. E esse caminho vai ter que ser organizado dentro do teto de gastos do próximo ano. Para isso, não tem jeito. Não adianta criar uma receita se não tiver respeitando o teto de gastos”, reiterou.
Hoje mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse discordar da proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de acabar com o abono salarial, e afirmou que o projeto Renda Brasil, apresentado a ele na véspera pela equipe econômica, não será enviado ao Congresso.
Para Maia, o que precisa ser feito neste momento é “organizar a casa”, especialmente dentro do governo.
“O que eu acho que tem problema é ficar discutindo e avançando ideias que ainda não estão consolidadas e autorizadas pelo presidente da República”, declarou.
Diante da realidade que o país enfrenta, falou o presidente da Câmara, “todos nós em conjunto temos que encontrar os caminhos” para atender não apenas as 13 milhões de famílias que estão no Bolsa Família, mas todo o cadastro único – que atinge mais de 25 milhões de famílias.
Sobre a prorrogação do auxílio emergencial, Maia afirmou que a Câmara irá avaliar “com todo o cuidado e preocupação” que esse tema precisa, “já que o valor do auxílio tem um custo mensal muito alto, e que a gente sabe da dificuldade do orçamento público para que isso seja mantido até o final do ano”.