A Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o Hospital Universitário de Brasília (HUB) divulgaram nota em que explicam como ocorrerá o funcionamento do estudo que certificará a eficiência da vacina contra covid-19, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac Biotech, e que ocorre no Distrito Federal.
Butantan
A pesquisa começa na próxima quinta-feira (5), após ter sido autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O ensaio clínico nacional é coordenado pelo Instituto Butantan, de São Paulo.
A pesquisa será realizada no HUB por uma equipe que conta com profissionais de diversas áreas.
Pelo menos 850 voluntários, profissionais de saúde que trabalham em serviços de saúde e atendem pessoas com Covid-19, serão avaliados nesta que é a terceira fase do processo de criação da vacina.
Normas internacionais
“O HUB preparou a infraestrutura para acolher adequadamente os participantes e o projeto será desenvolvido seguindo rigorosamente as normas nacionais e internacionais de boas práticas em pesquisa clínica”, divulgou o hospital em nota.
Para participar do estudo os voluntários devem trabalhar em serviço de saúde atendendo pessoas com Covid-19, ser maior de 18 anos, não ter sofrido infecção assintomática ou a doença causada pelo Sars-CoV-2, apresentar condição de saúde normal e ter disponibilidade para realizar o acompanhamento periódico por um ano após a vacinação.
Na próxima semana serão vacinados os primeiros dez voluntários, o que permitirá avaliar a adequação de todas as rotinas e protocolos de atendimento, e nas semanas subsequentes, espera-se incluir entre 20 e 40 voluntários por dia até alcançar a meta de aproximadamente 850 participantes.
Na próxima semana também será disponibilizado o link da página de internet que permitirá que os profissionais de saúde obtenham orientações sobre as condições necessárias para participar e possam realizar o cadastramento como candidatos ao estudo.
Imunização
A vacina do estudo é inativada e aplicada em duas doses, com intervalo de 14 dias. Os resultados apresentados na fase II de desenvolvimento foram considerados promissores e demonstraram a produção de anticorpos neutralizantes em 90% dos participantes que receberam a imunização.