Paco informa que MPFT por recomendação impediu plano de vacinação em estabecimentos escolares

 

 

O governador em exercício, vice-governador Paco Britto, juntamente com o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, o secretário da Saúde, general Manoel Pafiadache, secretária da Educação, Hélvia Paranaguá, apresentou o plano de vacinação das crianças de cinco a 11 anos e retorno dos alunos às escolas. Para os professores o retorno será dia 7 e para os alunos no dia 14

 

Gustavo Rocha ficou incumbido de falar sobre recomendações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios que pegou a todos de surpresa.

Com a recomendação de que nenhuma dependência da rede de ensino fosse utilizada para aplicação de vacina nos alunos. Além disso, o secretário também explicou os decretos publicados nesta quarta-feira (19).

Paco Britto informou que o plano de vacinação, nesta fase, não será para as salas de aula e sim para as regionais de ensino, onde haverá ações para explicar aos pais dos alunos tirarem todas as dúvidas relativas à vacinação.

Ele fez um apelo à população do DF. “Vacinem-se, façam o distanciamento, álcool em gel, higienização de mãos e agora o uso de máscaras.

Uso de máscaras

Paco informou que nesta tarde de quarta-feira (19) havia sido publicado o decreto referente ao retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre, assinado pelo governador Ibaneis Rocha, que está presente em todas as decisões tomadas pelo vice-governador em exercício, secretaria de Saúde, secretaria de Educação”

Leitos

O governador em exercício deixou claro que o plano de vacinação infantil não interfere em nada o Plano de Mobilização de Leitos. O GDF em ações rápidas, cumprimos a segunda etapa do plano.

“Hoje, pela manhã o índice estava em torno de 90% e após a abertura da segunda fase dos leitos baixou para 61% os leitos. Podemos, se preciso for, antecipar a terceira fase de abertura de leitos também.”

MPFT e cancelamento do plano

Rocha, em sua explanção, lembrou que na última entrevista coletiva, houve manifestações e intenções de Pafiadache e Paco Britto de levar as vacinas até as escolas. E, assim, facilitar para os pais e alunos o acesso às doses. O plano para tanto, utilizando equipes médicas, estava definido com a parceria entre as secretarias de Saúde e Educação.

No entanto, nesta terça-feira (18), a secretária Hélvia recebeu um comunicado com recomendação do Ministério Público.

No documento, o MPDFT defende a retomada das aulas presenciais.

“Num dos itens ele fala que as escolas e dependências da rede de ensino do DF que não sejam definidas como local para vacinação de Covid-19 de alunos, garantindo a decisão livre e esclarecidos os pais e responsáveis quanto a vacinação experimental de crianças e adolescentes”, leu o documento o secretário da Casa Civil.

Na visão de Rocha, a recomendação não atentou para peculiaridades vividas com a vacinação das crianças. E sequer aguardou o plano que seria apresentado para essa vacinação.

“Mas, como a recomendação foi feita, o GDF a adotará. A ideia de levar as doses para as regionais de ensino está suspensa por conta da recomendação do MPDFT”, ressaltou o secretário.

Em resposta, Rocha, declarou que Pafiadache e Hélvia Paranaguá desenvolveram um plano “B”, considerando a recomendação.

Restrições

Na semana passada, o governador Ibaneis Rocha assinou decreto com restrições a shows e eventos. Segundo Rocha, no momento em que foi publicado o decreto, proibindo a realização de shows com cobrança de ingressos alguns donos de estabelecimentos tentaram fazer com que o decreto não tivesse aplicabilidade.

“Pararam de cobrar ingressos, mas aumentaram os preços das bebidas, por exemplo, para compensar. Isso é uma forma clara de tentar afastar a aplicação do decreto em vigor”, explicou Rocha.

Ele informou que o DF Legal recebeu muitas reclamações e agiu nesses casos. Assim, foi necessário editar esse novo decreto tratando de restrição às pistas de dança.

“Comportamentos como esses, prejudicam todo o setor e sociedade. Então, quando vocês se depararem em situações como essa, entrem em contato com os canais de denúncia do GDF que prontamente o governo age e evita que novas medidas venham a ser tomadas, em razão de condutas que venham a burlar regras em vigor.”

O secretário Pafiadache informou que na continuidade do plano de vacinação estão envolvidas 485 escolas, 14 coordenadoria de regionais de ensino, mais 450 mil estudantes. Segundo ele, serão utilizadas soluções simples e serão utilizadas as UBS dedicadas de 7 a 12 dedicadas a essa missão.

“Temos que lembrar que a criança de 12 anos é vacina da Pfizer e menos de 12 anos, no momento de 8 a 11, no futuro de 5 a 11 é um outro tipo de vacina. Até isso está na programação. Algumas UBSs estarão dedicadas a público de 5 a 11 e outras para adolescentes acima de 12 anos.”

Ele reforçou que vacinar é fundamental como recomendou o governador em exercício Paco Britto. “Precisamos vacinar mais, sim, ainda temos um público que queremos alcançar para melhorar mais ainda a cobertura vacinal no GDF”, frisou.

Sem eventos adversos

Até o momento, informou Pafiadache, não houve nenhum evento adverso na imunização de crianças desde o início da fase de vacinação que começou no domingo.
Quanto ao que é e não é obrigatório, o secretário da Saúde, ressaltou que nada é obrigatório.

“Não é obrigatória a vacina e não é obrigatório apresentar algum documento para entrar na escola da vacina. Mesmo assim procuramos conscientizar os pais para que tragam seus filhos para vacinar para segurança dos amigos, família de todos e da sociedade”, concluiu o general.

secretária de Educação Hélvia Paranaguá afirmou, durante a entrevista coletiva, que fora realizada na segunda e terça-feira reunião na Secretaria da Saúde, com a equipe do secretário trabalhando o plano e os locais para os estudantes da Rede Pública de Ensino.

 

“Diante da recomendação do Ministério Público, fizemos a substituições das regionais de ensino por algumas UBSs para que possam atender na semana de 7 a 12. Tem muita criança fora do DF, estamos em férias escolares.

Ela ressaltou que vacina está sendo aplicada desde domingo e que, portanto, os pais têm todo o período até o dia 7 para levarem seus filhos para serem vacinados. Foi pensado em reservar um semana para essas famílias, antes do início do retorno às aulas, que será no dia 14 de fevereiro, de forma presencial.
Paranaguá esclareceu que os protocolos de segurança continuarão iguais aos executados em 2021. Todas as escolas 100% presenciais.

As crianças nas escolas são acostumadas a cumprir as normas, as regras e há um retorno muito tranquilo com poucos casos, zero óbitos de crianças na rede, nessa retomada.“Essas crianças são entregues a nós e a tutelamos. Então, é importante registrar isso.”

Paranaguá reforçou que os professores retornam das férias dia 7 e os estudantes retornam no dia 14. De segunda-feira (7) ao sábado (12), a vacina será intensificada nas UBSs.