Lula determina abertura de processo para expulsão de servidor acusado de agressão no DF

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Presidente classifica episódio como “agressão covarde” e reforça combate à violência contra mulheres e crianças como prioridade do governo


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou, nesta quinta-feira (25), a abertura de um processo interno na Controladoria-Geral da União (CGU) para a responsabilização e possível expulsão do serviço público federal de um servidor do órgão que aparece agredindo uma mulher e uma criança no Distrito Federal. As imagens do caso circularam amplamente nas redes sociais e geraram forte repercussão.

Em publicação, Lula afirmou que o combate ao feminicídio e a todas as formas de violência contra mulheres é um compromisso prioritário de seu governo. Para o presidente, o episódio é “inadmissível” e exige uma resposta firme do poder público. “Não vamos fechar os olhos aos agressores de mulheres e crianças estejam eles onde estiverem, ocupem as posições que ocuparem. Um servidor público deve ser um exemplo de conduta dentro e fora do local de trabalho”, declarou.

Nas últimas semanas, o presidente tem intensificado discursos e ações contra a violência de gênero. Em pronunciamento em rede nacional na quarta-feira (24), Lula afirmou que o enfrentamento ao feminicídio será uma das prioridades do governo em 2026 e convocou especialmente os homens a assumirem um compromisso ativo no combate a esse tipo de crime.

Providências administrativas
Na noite da última terça-feira (23), a CGU informou que já havia adotado medidas administrativas contra o servidor envolvido. Entre as providências anunciadas estão o encaminhamento do caso à Corregedoria-Geral da União e à Comissão de Ética da CGU, com a abertura imediata de investigação preliminar para apuração de responsabilidades ética e disciplinar.

Também foi determinada a revogação da designação do servidor como substituto eventual da chefia imediata e a proibição de seu ingresso nos prédios da CGU enquanto durarem as apurações, como forma de preservar o ambiente institucional.

Segundo a CGU, os fatos divulgados indicam violação grave aos deveres funcionais previstos na Lei nº 8.112/1990, que rege o funcionalismo público, especialmente no que diz respeito à conduta compatível com a moralidade administrativa. Em nota, o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, ressaltou que violência contra mulheres e crianças é crime e não pode ser tratada como questão privada, destacando que os fatos também devem ser apurados na esfera criminal pelas autoridades competentes.