Brasil abre mais de 500 mercados internacionais e amplia exportações do agronegócio

© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Presidente Lula atribui avanço à qualidade da produção nacional e à atuação conjunta do governo, com impacto bilionário nas vendas externas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (15), que o trabalho coletivo do governo federal e a qualidade da produção nacional foram determinantes para a abertura de mais de 500 mercados internacionais para produtos agropecuários brasileiros entre 2023 e 2025. Segundo ele, o resultado é fruto da experiência acumulada ao longo dos anos e da capacidade do país de produzir com qualidade tanto para o mercado interno quanto para o externo.

A declaração foi feita durante a inauguração da sede própria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em Brasília. O evento também celebrou a marca de 500 novos mercados abertos fora do país, que já resultaram em US$ 3,4 bilhões em exportações. De acordo com estimativas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), esses mercados têm potencial de gerar mais de US$ 37,5 bilhões por ano.

A expansão comercial é liderada pelo Mapa, em parceria com a ApexBrasil, o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e o setor privado. Entre os principais produtos habilitados nos novos mercados estão carnes, algodão, frutas e pescados, distribuídos em mais de 80 países.

Durante o discurso, Lula destacou que o Brasil deixou de ser apenas um fornecedor de commodities e passou a competir de forma sólida no cenário internacional. O presidente elogiou o trabalho dos ministros e autoridades envolvidas no processo de internacionalização e afirmou que o país pretende ampliar ainda mais sua presença no exterior. No próximo ano, ele participará da Feira de Hannover, na Alemanha, e também planeja viagens à Coreia do Sul, para buscar parcerias no setor de cosméticos, e à Índia, com foco em defesa, fármacos e tecnologias agrícolas.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, classificou o avanço como um “feito histórico”, atribuindo o resultado à diplomacia brasileira e à sanidade dos produtos nacionais. Ele lembrou que, em 2025, o Brasil recebeu a certificação internacional de país livre de febre aftosa, o que reforçou a confiança do mercado externo. Segundo Fávaro, a ampliação do número de adidos agrícolas no exterior também contribuiu para a consolidação dos novos mercados.

Dados da ApexBrasil mostram que, entre 2023 e 2025, foram realizadas mais de 170 ações internacionais em 42 países, com US$ 18 bilhões em negócios projetados e atendimento a mais de três mil empresas brasileiras, majoritariamente micro, pequenas e médias. Nesse período, ocorreram 19 missões presidenciais e cinco vice-presidenciais.

O vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil deve alcançar um recorde histórico de exportações em 2025, com previsão de US$ 345 bilhões em vendas externas e US$ 629 bilhões na corrente de comércio. Para ele, a abertura ao comércio internacional é essencial para um crescimento econômico forte e sustentável.