Illumination Day reforça importância da vacinação contra o HPV, do rastreamento e do diagnóstico precoce; DF registra 40 mil exames de prevenção até agosto
O Palácio do Buriti ganhou iluminação azul nesta segunda-feira (17) em adesão ao Illumination Day, movimento mundial que reúne diversos países na luta pela eliminação do câncer de colo do útero. A ação é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), com foco na conscientização sobre prevenção, vacinação e diagnóstico precoce.
A cor azul simboliza a campanha internacional de combate ao câncer cervical e reforça a importância da imunização contra o HPV, principal causa da doença. “Proteger meninas e meninos com a vacina do HPV hoje é garantir uma geração livre do câncer de colo do útero amanhã”, destacou a oncologista Daniele Assad, integrante do EVA.
Para Gustavo Ribas, referência técnica distrital em oncologia e chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer da SES-DF, a data representa o compromisso do DF em reduzir drasticamente os casos. “Vamos juntos avançar na proteção da saúde das mulheres, com conscientização e ciência”, afirmou.
A escolha do Buriti como símbolo busca ampliar a visibilidade da campanha e lembrar que o exame citopatológico — o papanicolau — está disponível gratuitamente nas unidades básicas de saúde. O procedimento é simples, rápido e segue sendo fundamental para identificar lesões que podem evoluir para câncer. Até agosto, o DF registrou 40 mil exames de rastreamento e mais de 15 mil colposcopias.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 16 mil mulheres recebem anualmente o diagnóstico de câncer de colo do útero no Brasil. A região Centro-Oeste aparece como a terceira com maior incidência, reforçando a necessidade de ações contínuas de prevenção.
A SES-DF orienta que mulheres de 25 a 64 anos mantenham o preventivo em dia. A vacinação contra o HPV, disponível nas UBSs para pessoas de 9 a 14 anos, também é essencial. Entre abril e agosto deste ano, porém, a cobertura entre adolescentes acima de 15 anos permaneceu baixa: apenas 10,9% das meninas e 6% dos meninos de 15 a 19 anos receberam o imunizante. Já na faixa de 9 a 14 anos, as taxas chegam a 81,5% para meninas e 61,8% para meninos.
