
Presidentes do Senado e da Câmara manifestam preocupação com a violência e defendem ações integradas e legislações mais firmes contra o crime organizado
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se pronunciaram nesta terça-feira (28) sobre a Operação Contenção, realizada no Rio de Janeiro, que resultou em pelo menos 64 mortos — tornando-se a ação policial mais letal do estado em 15 anos.
De acordo com o governo fluminense, 2,5 mil policiais civis e militares foram mobilizados nos complexos do Alemão e da Penha para capturar lideranças criminosas e conter a expansão do Comando Vermelho. A operação, planejada por mais de um ano, também cumpriu centenas de mandados de prisão e busca e apreensão expedidos pela Justiça. Até o momento, o balanço aponta 81 presos, 75 fuzis apreendidos e uma grande quantidade de drogas ainda sendo contabilizada.
O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, afirmou que o Parlamento acompanha “com atenção e preocupação os graves acontecimentos registrados” e se colocou à disposição para “contribuir, de forma responsável e democrática, com soluções legislativas que fortaleçam a segurança pública e a proteção da vida dos brasileiros”.
Alcolumbre destacou ainda que o Senado aprovou, no mesmo dia, o Projeto de Lei 226/24, que cria o marco legal de enfrentamento à criminalidade, reforçando os mecanismos de proteção aos agentes públicos e à população civil. O texto segue para sanção presidencial. “A Presidência do Senado Federal manifesta apoio às ações das forças de segurança no combate às facções e ao crime organizado”, completou.
Já o presidente da Câmara, Hugo Motta, declarou em uma rede social que acompanha de perto a operação e reafirmou o compromisso da Casa com o combate à violência. “Sob minha presidência, a Câmara aprovou quase 30 matérias na área, a exemplo do aumento da repressão contra organizações criminosas e da proteção aos agentes públicos”, disse.
Motta também anunciou que novos projetos de segurança pública serão incluídos na pauta da Câmara, com foco no enfrentamento às facções criminosas.
A operação, considerada a mais letal desde o episódio do Jacarezinho, em 2021, que deixou 28 mortos, levou o município do Rio de Janeiro a entrar em estágio 2 de atenção, devido ao risco de ocorrências de alto impacto. Vias próximas aos complexos do Alemão, Penha, Chapadão, São Francisco Xavier, Freguesia e Taquara tiveram interdições temporárias, e mais de 100 linhas de ônibus precisaram alterar seus itinerários.










