
Taxa é a menor da série histórica iniciada em 2012; país tem 102,4 milhões de pessoas ocupadas
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em agosto, repetindo o menor nível da série histórica iniciada em 2012, segundo dados divulgados nesta terça-feira (16) pelo IBGE. O resultado veio em linha com as expectativas do mercado, que projetava o mesmo patamar.
Apesar da estabilidade em relação ao trimestre anterior, a taxa caiu 0,6 ponto percentual frente ao trimestre encerrado em maio (6,2%) e recuou 1 p.p. na comparação com o mesmo período de 2024 (6,6%). O número de desempregados ficou em 6,1 milhões, o menor já registrado, representando queda de 9% em três meses e de 14,6% em um ano.
O contingente de pessoas ocupadas atingiu 102,4 milhões, também recorde, elevando o nível de ocupação a 58,1%, o maior da série. O número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 39,1 milhões, com alta de 3,3% em um ano. Já os empregados sem carteira somaram 13,5 milhões, queda de 3,3% no mesmo período.
Entre as categorias, os trabalhadores domésticos caíram para 5,6 milhões, retração de 3,4% em um ano. Para o analista da pesquisa, William Kratochwill, o movimento indica que, diante de melhores oportunidades, muitos deixam os serviços domésticos para buscar empregos com condições e rendimentos mais atrativos.
O rendimento médio real ficou em R$ 3.488, estável frente ao trimestre anterior e 3,3% acima do mesmo trimestre de 2024. A massa de rendimentos alcançou R$ 352,6 bilhões, alta de 5,4% em um ano. A taxa de informalidade foi de 38%, englobando 38,9 milhões de trabalhadores.
Segundo a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, a taxa deve encerrar o ano próxima a 5,5%. Ela ressalta, no entanto, que a força do mercado de trabalho pressiona o Banco Central, que manteve a Selic em 15% neste mês diante dos riscos para a inflação, especialmente no setor de serviços.