Cantor e compositor teve carreira marcada por sucessos, prêmios e contribuições históricas ao gênero; ele estava afastado da música desde 2017, após sofrer um AVC
Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba brasileiro, morreu nesta sexta-feira, 8 de agosto, aos 66 anos. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz. O artista deixa dois filhos: Arlindinho, de 33 anos, e Flora Cruz, de 22.
Compositor prolífico e músico talentoso, Arlindo Cruz começou a se destacar na década de 1980, quando assinou canções interpretadas por grandes nomes da música popular brasileira, como “Grande Erro”, com Beth Carvalho, e “Novo Amor”, na voz de Alcione.
Em 1980, Arlindo substituiu Jorge Aragão como integrante do grupo Fundo de Quintal, no qual permaneceu até 1992. No ano seguinte, iniciou uma bem-sucedida carreira solo, com sucessos como “O Que É o Amor?” (2007) e “Meu Lugar” (2012), que se tornaram hinos do gênero.
O artista foi indicado ao Grammy Latino em diversas edições, nas categorias de Melhor Álbum de Samba/Pagode e Melhor Canção Brasileira. Em 2015, foi eleito Melhor Cantor de Samba pelo Prêmio da Música Brasileira, consolidando sua relevância artística e cultural.
AVC e luta pela saúde
Em 2017, Arlindo Cruz sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico e foi internado na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro. Após mais de um ano hospitalizado, recebeu alta em 2018, mas permaneceu com sequelas severas, que o deixaram sem fala e longe dos palcos.
Desde então, o cantor enfrentou sucessivas internações e passou a ser cuidado em casa por uma equipe multidisciplinar. Mesmo afastado da vida artística, seu legado permaneceu vivo entre os fãs e na história da música brasileira.
