
A expectativa do comércio do Distrito Federal para o Dia dos Pais de 2025 é positiva. De acordo com pesquisa do Instituto Fecomércio-DF, 55,6% dos lojistas entrevistados esperam vender mais do que no ano passado. Outros 39,2% projetam desempenho igual, enquanto apenas 5,2% esperam retração.
Do lado dos consumidores, 54,6% afirmaram que pretendem comprar presentes para a data. Entre as mulheres, o índice chega a 60%. Já os homens, 51,9% pretendem presentear. O valor médio de gasto por presente é estimado em R$ 240,45, um aumento de 17% em relação a 2024 (R$ 205,56). O aumento foi puxado principalmente pelas consumidoras mulheres, que elevaram em 30,5% o valor médio de compra.
Entre os 45,4% que não pretendem presentear, os principais motivos são a ausência de alguém para homenagear (59,3%), dificuldades para presentear (19,1%) e outras prioridades de consumo (9,3%). Há também aqueles que gostam de presentear (5,6%), dificuldades financeiras (4,9%) e desempregados (1,8%).
“O otimismo do comércio neste Dia dos Pais reflete o bom momento do mercado de trabalho no DF, com níveis consistentes de emprego e recomposições salariais tanto na esfera pública quanto privada”, avalia o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire.
Entre os lojistas que acreditam em aumento nas vendas, os principais fatores apontados são promoções (23,5%), diversidade de produtos (21,8%), qualidade dos itens ofertados (19,7%) e a percepção de que a data impacta fortemente o consumidor (18,8%). Também foram citados os preços baixos (12,6%) e a oferta de cashback (3,6%).
Por outro lado, entre os que esperam queda no desempenho, 64,7% afirmam que o Dia dos Pais não tem grande peso nas vendas do ano, enquanto 23,5% atribuem a possível retração aos preços elevados e 11,8% à crise econômica.
Preferências
Os produtos mais escolhidos para presentear neste Dia dos Pais são roupas e acessórios (30,4%), calçados (24,8%) e cosméticos e perfumes (14,8%). Também aparecem na lista itens como almoço ou jantar comemorativo (7,9%) e móveis ou eletrônicos (5,1%).
As compras devem ocorrer principalmente em lojas de shopping (40,5%), lojas de rua e bairros (25,1%) e internet (26,7%). Há também ambulantes (3,6%) e lojas de departamento (3,1%).
A maioria dos consumidores pretende fazer as compras no sábado (27,2%), e no período da noite (45,1%), seguido da tarde (32,3%) e manhã (22,6%).
Formas de pagamento
O cartão de crédito continua sendo o meio preferido de pagamento pelos consumidores, escolhido por 33,8% dos consumidores, empatado com pix (também 33,8%). O débito aparece com 22,6%, e o dinheiro, com 9,8%.
Entre os lojistas, 63,6% esperam que o crédito lidere as transações, seguido por dinheiro/pix (28%) e débito (8,4%).
Estratégias e preços
Para atrair os consumidores, 69,2% dos empresários pretendem adotar estratégias de venda. As mais mencionadas são: promoções (18%), diversidade de produtos (14,7%) e divulgação/publicidade (13,9%).
Quanto aos preços, 73,2% dos lojistas disseram que irão mantê-los estáveis, enquanto 25,2% planejam aumentar, em média, 7,7% — principalmente em função de custos com fornecedores e reajustes sazonais.
Já o estoque foi reforçado por 32% dos lojistas, enquanto 66% o mantiveram e apenas 2% reduziram.
Metodologia
Os dados foram coletados entre 4 e 18 de julho de 2025. A pesquisa com consumidores foi feita de forma aleatória em diferentes pontos do DF, com 357 respondentes. Já o levantamento com lojistas contou com 250 empresas de segmentos variados, com entrevistas presenciais com proprietários e gerentes. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de 5%.