
Mesmo com retração em dezembro, setor acumula crescimento de 27,4% desde 2021
O setor de serviços fechou 2024 com crescimento acumulado de 3,1%, marcando o quarto ano consecutivo de alta — um feito inédito na série histórica iniciada em 2012. Entre 2021 e 2024, o crescimento acumulado foi de 27,4%, consolidando o segmento como um dos principais motores da economia brasileira. O desempenho do ano passado superou o crescimento de 2,9% registrado em 2023.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pela Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento aponta que quatro dos cinco setores analisados fecharam o ano em alta. Os destaques foram os serviços de informação e comunicação e os serviços profissionais, administrativos e complementares, ambos com avanço de 6,2%. Já os serviços prestados às famílias cresceram 4,4%, enquanto os outros serviços tiveram um incremento de 1,1%.
A única exceção foi o setor de transportes, que registrou queda de 0,7%. Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a retração foi influenciada pela redução da receita do transporte rodoviário de cargas, impactado pela menor safra agrícola colhida no ano passado.
Queda em dezembro não compromete alta anual
Apesar do crescimento acumulado, o setor de serviços registrou queda de 0,5% em dezembro, marcando o segundo mês seguido de retração e acumulando perda de 1,9% no período. No entanto, na comparação com dezembro de 2023, o volume de serviços avançou 2,4%.
Três das cinco atividades analisadas tiveram desempenho negativo no último mês do ano. O maior recuo foi registrado em outros serviços (-4,2%), impactado pela queda nos serviços financeiros auxiliares. Também apresentaram retração os serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,7%) e os serviços de informação e comunicação (-0,7%).
Por outro lado, os serviços prestados às famílias cresceram 0,8%, acumulando um aumento expressivo de 7,8% entre maio e dezembro de 2024. Já o setor de transportes teve leve recuperação de 0,1%, após a queda de 3,5% em novembro.
Mesmo com a queda em dezembro, o setor de serviços fechou 2024 em um nível 15,6% acima do registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19. No entanto, ainda se encontra 1,9% abaixo do pico histórico, alcançado em outubro de 2024.a