
A iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro de criar um programa de combate à obesidade com o uso de medicamentos como a semaglutida e a liraglutida é uma ação louvável, que pode representar um avanço significativo na saúde pública da cidade. A proposta, além de inovadora, reflete um compromisso com a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, ao adotar tratamentos baseados em evidências científicas e com um potencial claro de reduzir custos a longo prazo, ao prevenir complicações graves associadas à obesidade, como doenças cardiovasculares e diabetes.
A visão do secretário Daniel Soranz sobre a importância de integrar essa medicação a um tratamento multidisciplinar, com o acompanhamento de médicos da família, nutricionistas, educadores físicos e outros profissionais, demonstra um cuidado abrangente e sensível às necessidades de cada paciente. Essa abordagem é crucial para garantir não apenas a redução de peso, mas também a saúde integral do paciente, considerando a obesidade como uma condição multifatorial.
A inclusão desses medicamentos, especialmente com o custo potencialmente mais acessível após a quebra de patente, é um passo importante para democratizar o acesso ao tratamento, oferecendo uma solução eficaz e com respaldo científico, sem perder de vista a necessidade de um protocolo que garanta a segurança e o uso adequado.
Além disso, o trabalho contínuo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e outras entidades na conscientização sobre o uso responsável desses medicamentos, como a importância do acompanhamento médico, reforça a seriedade e a responsabilidade com que esses tratamentos devem ser administrados, minimizando os riscos de uso indiscriminado.
Esse programa é uma excelente oportunidade para que o Rio de Janeiro seja pioneiro em uma abordagem integrada e responsável para o combate à obesidade, com potencial de inspirar outras cidades e estados a adotar estratégias semelhantes.