
Economista paulistano de 42 anos assume o cargo em 1º de janeiro, sucedendo Roberto Campos Neto. Três novos diretores também foram nomeados para a instituição
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou nesta segunda-feira (30) a posse de Gabriel Galípolo como novo presidente do Banco Central (BC), para o mandato de 2025 a 2028. A assinatura do termo ocorreu no Palácio da Alvorada, com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Galípolo, que substituirá Roberto Campos Neto, inicia suas funções à frente da instituição em 1º de janeiro.
Gabriel Galípolo, indicado por Lula, teve sua nomeação aprovada pelo Senado após sabatina realizada em 8 de outubro. Nascido em São Paulo, o economista de 42 anos é graduado e mestre em economia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Com vasta experiência, foi secretário executivo do Ministério da Fazenda no início da gestão de Haddad, presidiu o Banco Fator entre 2017 e 2021 e atuou como professor universitário de 2006 a 2012.
Novos diretores integram a equipe
Além de Galípolo, o Banco Central contará com três novos diretores cujas indicações também foram aprovadas pelo Senado em 10 de dezembro. Nilton José Schneider assumirá a Diretoria de Política Monetária; Izabela Moreira Correa, a Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta; e Gilneu Astolfi Vivan, a Diretoria de Regulação.
Nilton José Schneider é graduado em engenharia de produção pela USP e possui ampla experiência no mercado financeiro, tendo ocupado cargos de liderança no Banco Bradesco, tanto no Brasil quanto no exterior.
Izabela Moreira Correa, especialista em administração pública pela Fundação João Pinheiro, traz uma bagagem acadêmica internacional, com doutorado em governo pela London School of Economics e pós-doutorado pela Universidade de Oxford. Foi professora de gestão pública e políticas públicas no Insper.
Gilneu Astolfi Vivan, economista e especialista em gestão financeira, concluiu seu mestrado em gestão econômica de negócios pela Universidade de Brasília. Até 2023, liderava o Departamento de Regulação do Sistema Financeiro Nacional.
A nova composição do Banco Central reflete a busca por equilíbrio entre experiência técnica e alinhamento às diretrizes econômicas do governo. O desafio do novo presidente e sua equipe será conduzir a política monetária e fortalecer a estabilidade econômica em um cenário de incertezas globais.