Precipitações intensas no Sudeste e Centro-Oeste favorecem safra, enquanto calor excessivo no Norte e Nordeste preocupa produtores
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) anunciou que novembro será um mês de chuvas intensas em diversas regiões brasileiras, especialmente no Sudeste, Goiás, centro-leste do Mato Grosso, Acre, Roraima e áreas do Amazonas. A previsão é de que essas áreas enfrentem precipitações acima da média, influenciando diretamente as condições agrícolas, com destaque para o plantio da primeira safra.
O Rio Grande do Sul, por outro lado, terá chuvas em volume considerado dentro da normalidade, com algumas áreas registrando precipitações ligeiramente acima da média histórica. Já grande parte do Nordeste, norte do Pará, Amapá, Roraima e partes do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul podem enfrentar escassez de chuvas, com volumes próximos ou abaixo da média.
Impacto no setor agrícola
De acordo com o Inmet, a falta de chuvas no nordeste da Amazônia e grande parte do Nordeste pode comprometer o plantio de soja na região de Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), dificultando o alcance dos níveis de umidade adequados para o solo. Em contraste, as condições climáticas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste prometem beneficiar o desenvolvimento das plantações com chuvas regulares, importantes para a primeira safra.
No Sul do país, onde as chuvas deverão se manter próximas da média histórica, os solos tendem a manter a umidade elevada, condição que deve favorecer o cultivo das culturas de inverno e contribuir para o desenvolvimento da safra de 2024/2025.
Temperaturas e calor intenso no Norte e Nordeste
O instituto também alertou para temperaturas acima da média em grande parte do território nacional, com exceção de localidades no leste do Sudeste e da região Sul, onde as chuvas intensas previstas podem manter as temperaturas mais amenas. No entanto, no norte das regiões Norte e Nordeste, dias de calor extremo poderão elevar as temperaturas médias a valores superiores a 28 °C, impactando o bem-estar da população e exigindo cuidados com o uso de água em atividades agropecuárias.
Esse cenário climático exige atenção redobrada dos agricultores e produtores, especialmente nas áreas mais secas do Nordeste, onde a baixa umidade do solo poderá interferir no sucesso da safra de soja e outras culturas de verão.