Após reforma, espaço destaca papel cultural do futebol e amplia discussões sobre racismo e protagonismo feminino
O Museu do Futebol reabre suas portas nesta sexta-feira (12) após um período de reformas, apresentando-se renovado e com um olhar mais inclusivo e contemporâneo. Localizado na Mercado Livre Arena Pacaembu, o museu agora se propõe a ser não apenas um espaço de celebração esportiva, mas também um centro de discussões sobre temas como racismo e o papel das mulheres no futebol.
Renovação e Ampliação
Após 15 anos desde sua inauguração, o Museu do Futebol passou por uma transformação significativa para refletir a diversidade cultural e social do Brasil. Novas salas foram adicionadas, recursos de acessibilidade foram aprimorados, e o espaço ganhou destaque para figuras emblemáticas como Pelé e Marta.
No novo layout, o ex-jogador Pelé recebe uma homenagem especial na Sala Pelé, que narra sua trajetória com fotos e vídeos marcantes, incluindo a camisa usada na final da Copa do Mundo de 1970. Marta, a rainha do futebol brasileiro, também é celebrada com uma projeção interativa que encerra a visita, demonstrando sua influência global e sua importância para o esporte feminino.
Compromisso com a Diversidade e Reflexão Social
Segundo Marcelo Duarte, um dos curadores do museu, a renovação visou não apenas modernizar o espaço, mas também ampliar sua representatividade. “Antes, o museu era muito centrado no futebol masculino, com pouca atenção ao futebol feminino e questões como o racismo. Queríamos mudar isso e trazer o futebol para um contexto mais inclusivo e atual”, explicou.
Marília Bonas, diretora técnica do Museu do Futebol, destacou o papel educativo da instituição: “Queremos estabelecer um diálogo educativo, construtivo e empático sobre temas difíceis da sociedade através do futebol”. O museu não só apresenta a história do esporte, mas também aborda questões contemporâneas como racismo e xenofobia vivenciados por jogadores brasileiros no exterior.
Investimento e Expectativas
O projeto de reforma do Museu do Futebol, que recebeu um investimento total de R$ 15,8 milhões da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo, foi coordenado por renomados curadores e diretores artísticos. A expectativa é que o novo museu não apenas atraia um público maior, mas também se torne um espaço fundamental para a discussão e reflexão sobre a cultura brasileira através do futebol.
Com uma proposta renovada e uma abordagem mais inclusiva, o Museu do Futebol se posiciona como um ponto de encontro entre história, cultura e sociedade, promovendo um entendimento mais profundo e humano do impacto do esporte mais popular do Brasil.