
País é destaque ao pagar antecipadamente contribuições à ONU e demais organismos
Nesta quarta-feira (3), os ministérios do Planejamento e Orçamento e das Relações Exteriores anunciaram que o Brasil quitou um total de R$ 847 milhões em dívidas com organismos internacionais durante o primeiro semestre de 2024. Entre os pagamentos, destaca-se a integralização de R$ 325 milhões referentes à contribuição regular do país às Nações Unidas, um feito inédito nos últimos dez anos.
Segundo as autoridades governamentais, o cumprimento antecipado dessas obrigações coloca o Brasil entre os países homenageados pela ONU, que reconhece os Estados que realizam os pagamentos até junho como parte do “quadro de honra”. A organização internacional expressou sua gratidão publicamente em maio deste ano.
Os ministérios enfatizaram que essa ação reforça a presença global do Brasil, além de demonstrar comprometimento com o multilateralismo e fortalecer a integração regional. No ano passado, o país já havia destinado R$ 4,6 bilhões para quitar compromissos financeiros acumulados ao longo dos anos, abrangendo contribuições regulares a diversos organismos internacionais, cotas em bancos multilaterais e fundos de cooperação internacional.
Além da ONU, o Brasil também efetuou pagamentos à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), à Organização Mundial da Saúde (OMS), à Organização Internacional do Trabalho (OIT), à Organização Mundial do Comércio (OMC), à UNESCO, à OMPI, à AIEA, à Flacso, entre outros importantes organismos. Todos esses têm papéis estratégicos nas prioridades da política externa brasileira, abrangendo desde saúde pública até propriedade intelectual e energia atômica.
Na esfera regional, o Brasil está em dia com compromissos junto à Organização dos Estados Americanos (OEA), à Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), à Olade, ao Clad, à OTCA, à Secretaria do Mercosul, ao Instituto Social do Mercosul e à Secretaria do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul.
Além disso, o país saldou suas contribuições relacionadas ao meio ambiente e mudança do clima, contemplando a Convenção de Estocolmo, a UNCCD e a Convenção de Minamata, destacando seu compromisso com a sustentabilidade global.
Esses esforços são parte de uma estratégia ampla para fortalecer o papel do Brasil no cenário internacional, garantindo sua participação ativa e responsável nos mais diversos fóruns e organizações globais.