Ação visa reduzir a poluição e garantir o tratamento adequado de resíduos farmacêuticos
Uma campanha lançada neste domingo (7) tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do descarte correto de medicamentos no Brasil. Lidiane Casco, moradora de Brasília, compartilha sua experiência ao descartar remédios não utilizados, enfatizando a necessidade desse hábito para evitar a contaminação do solo e das águas.
Em 2023, foram corretamente descartadas 600 toneladas de medicamentos sem uso, um número significativo que a campanha “Não Usou, Descartou” busca aumentar ainda mais. A farmacologista Soraya Smaili destaca a poluição causada pelo descarte inadequado de medicamentos no lixo comum, no vaso sanitário ou na pia, enfatizando que essas substâncias acabam chegando aos reservatórios de água, rios e mares.
O descarte correto envolve levar os medicamentos usados para farmácias e outros pontos com coletor da logística reversa, que atualmente somam cerca de 4 mil pontos em todo o país. Em cidades com mais de 100 mil habitantes, as farmácias estão equipadas com locais de coleta, e em algumas localidades, os coletores estão disponíveis nas unidades básicas de saúde.
Além dos medicamentos, as embalagens também devem ser entregues nas farmácias, incluindo cartelas de pílulas, garrafas de xarope e seringas medidoras. No entanto, materiais cortantes ou pontiagudos, como agulhas, devem ser descartados nas unidades básicas de saúde, que possuem os locais adequados para esse tipo de resíduo.
A campanha “Não Usou, Descartou” visa não apenas reduzir a poluição ambiental, mas também garantir o tratamento adequado dos resíduos farmacêuticos, contribuindo para a preservação do meio ambiente e da saúde pública.