Estudo revela que dormir menos de sete horas por noite aumenta risco de pressão alta

Foto de Gregory Pappas na Unsplash

 

Um novo estudo, que será apresentado na Sessão Científica Anual do American College of Cardiology em abril, revelou que dormir menos de sete horas por noite pode aumentar significativamente o risco de desenvolver pressão alta a longo prazo. Embora estudos anteriores já tenham indicado essa relação, as evidências sobre a natureza dessa associação ainda são consideradas inconsistentes pelos pesquisadores.

A pesquisa analisou dados de 16 estudos realizados entre 2000 e 2023, envolvendo mais de 1 milhão de pessoas de seis países sem histórico prévio de hipertensão. Os resultados mostraram que a curta duração do sono, especialmente menos de cinco horas por noite, está associada a um maior risco de desenvolver pressão alta, mesmo após ajuste para fatores de risco cardiovasculares.

Segundo Kaveh Hosseini, professor assistente de cardiologia no Tehran Heart Center e autor principal do estudo, dormir menos de sete horas por noite aumenta em 7% o risco de ter pressão alta. Esse risco sobe para 11% em pessoas que dormem menos de cinco horas. Em comparação, condições como diabetes e tabagismo aumentam o risco de hipertensão em pelo menos 20%.

A pesquisa também destacou que a falta de sono adequado pode ser mais prejudicial para as mulheres, com um risco 7% maior em comparação com os homens que dormem menos de sete horas por noite. No entanto, Hosseini ressalta que mais estudos são necessários para entender completamente essa diferença entre os gêneros.

Entre as limitações do estudo, está o fato de que a duração do sono foi autorrelatada pelos participantes, o que pode não ser totalmente preciso. Além disso, houve variações na definição de curta duração de sono nos estudos analisados.

Para os pesquisadores, é essencial realizar mais estudos com métodos precisos, como a polissonografia, para avaliar melhor a relação entre duração do sono e hipertensão. Uma definição padronizada da duração do sono também é destacada como importante para garantir resultados comparáveis e generalizáveis em diferentes estudos sobre o sono e a saúde cardiovascular.