O Ministério da Saúde anunciou uma nova diretriz para combater a dengue no país, passando a recomendar o uso de testes rápidos para o diagnóstico e fechamento de casos da doença. Essa medida visa agilizar o processo de identificação da dengue, especialmente diante do aumento significativo de casos no país.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, afirmou que uma nota técnica foi elaborada para orientar estados e municípios sobre o uso desses testes e que o processo de compra para distribuição já está em andamento. Ethel destacou que, embora outros testes, como o RT-PCR, sejam mais sensíveis na detecção do vírus, o teste rápido é uma opção viável para agilizar o diagnóstico em um momento de alta demanda.
Segundo a coordenadora-geral de Laboratórios de Saúde Pública, Marília Santini, o teste rápido recomendado deve ser realizado entre o primeiro e o quinto dia de sintomas, período em que a maioria dos pacientes busca atendimento médico. Mesmo em casos de resultado negativo, é importante monitorar o paciente e adotar medidas estratégicas, como a hiper-hidratação.
Marília Santini também abordou a questão dos autotestes para dengue, revelando que estão em discussão tratativas com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a comercialização desses dispositivos no Brasil. Esse tipo de teste, que seria realizado pelo próprio paciente, pode representar um avanço no diagnóstico, mas ainda requer análises técnicas mais aprofundadas devido às especificidades da doença.
A orientação do Ministério da Saúde permanece: em casos graves e mortes suspeitas por dengue, é essencial realizar exames laboratoriais para identificar com precisão o sorotipo do vírus. A medida visa garantir um tratamento adequado e direcionado, especialmente em situações críticas.
