Cientistas anunciaram uma descoberta fascinante: fósseis recém-encontrados permitiram a identificação de uma criatura marinha do Período Triássico, que pode ser descrita como um “dragão” de cinco metros de comprimento. O Museu Nacional da Escócia divulgou a notícia em um comunicado nesta sexta-feira (23), revelando detalhes intrigantes sobre o réptil denominado “Dinocephalosaurus orientalis”.
Embora o fóssil tenha sido inicialmente descoberto em 2003, apenas após uma década de estudos minuciosos os cientistas conseguiram identificar completamente a criatura. O Dr. Nick Fraser, responsável pelo departamento de Ciências do museu e um dos pesquisadores, descreveu o novo fóssil como “um belo espécime, completo da ponta do nariz até a ponta da cauda”, destacando que o animal se assemelha a um dragão chinês, enrolado em formato de número oito.
A descoberta foi publicada na revista científica “Earth and Environmental Science Transactions of the Royal Society of Edinburgh” por uma equipe internacional de pesquisadores. O professor Li Chun, do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados de Pequim, foi o responsável pela primeira descoberta dos fósseis em 2003, quando encontrou uma pequena vértebra em uma placa de calcário na China.
O Dinocephalosaurus, com seu pescoço extremamente longo, intrigou os cientistas quanto à sua função precisa. A hipótese é que esse pescoço possa ter sido usado para capturar peixes em ambientes marinhos. Os fósseis revelam peixes preservados dentro da região do estômago da criatura, indicando sua adaptação ao ambiente marinho.
Embora o mistério em torno da função do pescoço longo persista, os cientistas fazem comparações com outros répteis marinhos antigos, como o Tanystropheus hydroides. Fraser explicou que, embora os paleontólogos usem analogias modernas para compreender a vida no passado, criaturas como o Dinocephalosaurus e o Tanystropheus desafiam essas comparações, tornando o estudo do período Triássico um mundo estranho e maravilhoso.
