Infectologista esclarece sinais característicos e a importância dos testes para diagnóstico
O surgimento de manchas vermelhas na pele, conhecidas como exantema, é um dos principais sinais de alerta da dengue. No entanto, como distinguir essas manchas em relação a outras doenças que também podem causar irritações cutâneas? Uma infectologista da Rede Mater Dei de Saúde, Silvana Barros, esclarece esse dilema.
Segundo a especialista, as manchas vermelhas não são específicas da dengue, tornando difícil um diagnóstico diferencial em relação a outras doenças febris que apresentam sintomas semelhantes. Essas manchas, denominadas rastro cutâneo, costumam surgir entre o terceiro e o quinto dia de febre, quando esse sintoma já está diminuído.
O exantema típico da dengue se apresenta como pequenas elevações avermelhadas na pele, surgindo principalmente na face, tronco e membros, podendo estender-se até as palmas das mãos e plantas dos pés. Em alguns casos, pode vir acompanhado de coceira leve.
Para diferenciar as manchas de dengue de outras doenças, como sarampo e rubéola, a infectologista destaca a importância do contexto epidemiológico, conjunto de sintomas, tempo de início dos sintomas e evolução. Enquanto o sarampo apresenta febre com tosse, coriza e conjuntivite, a rubéola pode causar febre baixa e “caroços” no pescoço, axilas e virilhas.
Além dos sintomas típicos da dengue, como dor no corpo intensa, dor atrás dos olhos, mal-estar e fadiga, casos graves podem ocasionar sangramentos nas gengivas e mucosas, indicando dengue hemorrágica. Um teste fundamental para o diagnóstico diferencial é o teste rápido, que verifica a presença do vírus no momento da coleta, junto com o RT-PCR e teste de sorologia, que identificam o vírus ou anticorpos produzidos contra ele, respectivamente.
