CPI da Braskem no Senado Federal pode abalar ministro dos transportes

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Renan Filho no centro do furacão: Desdobramentos da CPI da Braskem no Senado Federal

 

 

Os corredores do Senado Federal estão agitados com o início da CPI da Braskem, que já aponta possíveis consequências políticas, principalmente para o ministro dos Transportes, Renan Filho. Informações de bastidores sugerem que o envolvimento prévio de Filho com a mineradora durante sua gestão em Alagoas pode colocá-lo em uma posição delicada.

Durante seus oito anos como governador de Alagoas, Renan Filho teve a mineradora Braskem como um dos doadores de sua campanha eleitoral. Além disso, a concessão de licenças de exploração para a empresa durante seu mandato estadual também está sob escrutínio.

A situação se complica ainda mais com a revelação feita pela Revista Veja, que expôs detalhes sobre uma indenização recebida por Renan Filho em decorrência de um imóvel de sua propriedade localizado na área afetada pelo afundamento do solo. Segundo a revista, o ministro teria recebido cerca de R$ 4,2 milhões pela realocação de uma rádio filiada à CBN, além de outros valores do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, cujo montante está sob sigilo judicial.

Diante dessas revelações, Renan Filho anunciou sua intenção de processar a Braskem pelo vazamento das informações referentes às indenizações. No entanto, o desconforto nos bastidores do Senado Federal é evidente, especialmente considerando que a CPI da Braskem foi proposta pelo próprio pai do ministro, o senador Renan Calheiros, que inicialmente enfrentou resistência da base governista para sua instalação.

Nos corredores da capital federal, os comentários sugerem que Renan Filho pode ser o primeiro a sofrer as consequências das investigações conduzidas pela CPI, uma situação irônica considerando a relação familiar envolvida na origem da comissão parlamentar.

 

Com informações do 7 segundo