
Desde o início da 24ª edição do Big Brother Brasil, o termo “capacitismo” tem sido amplamente discutido nas redes sociais, gerando repercussão em torno das falas de participantes do programa em relação ao atleta paralímpico Vinicius Rodrigues, membro do camarote. A polêmica surgiu durante a primeira prova do líder, quando Maycon fez comentários considerados capacitistas.
Maycon perguntou a Vinicius se poderia “apelidar” a prótese usada pelo atleta na perna de “cotinho”. A fala gerou críticas de diversos influenciadores ligados à causa das Pessoas com Deficiência (PcD), destacando o caráter ofensivo e discriminatório do comentário.
Ivan Baron, influenciador e ativista da causa PcD, salientou em entrevista ao Correio que o capacitismo é um preconceito voltado especificamente para as pessoas com deficiência, comparando-o ao racismo, machismo e LGBTfobia.
No desenrolar do BBB 24, Vinicius foi chamado para o confessionário, onde conversou com o apresentador Tadeu Schmidt sobre as próteses e piadas em relação à sua deficiência. A abordagem do programa foi elogiada nas redes sociais, evidenciando a responsabilidade ao tratar do tema.
Segundo o Ministério da Cidadania, o capacitismo se define como “preconceito e discriminação vividos por pessoas com deficiência, associando sua existência à incapacidade e inferioridade”. Ações como termos ofensivos, expressões inadequadas, olhares de julgamento, invasão de privacidade e ausência de representação em espaços são consideradas capacitismo.
Apesar de não ser citado nominalmente, o capacitismo está contemplado na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), que assegura o direito à igualdade de oportunidades e proíbe qualquer forma de discriminação.