Boletim Infogripe destaca que a incidência de SRAG é mais elevada em crianças, enquanto a mortalidade é maior entre idosos; queda de casos associados à COVID-19 é notada em diversas faixas etárias
O Boletim Infogripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (23), reforça a atenção necessária às síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) causadas por vírus, ressaltando seus impactos distintos nas faixas etárias de crianças e idosos no Brasil.
A Fiocruz destaca que a incidência de SRAG tem um impacto mais elevado em crianças até dois anos de idade. No entanto, em termos de mortalidade, a situação se inverte, com a população a partir de 65 anos sendo a mais afetada.
Os dados do InfoGripe mostram que as SRAG em crianças estão associadas a diferentes vírus respiratórios, incluindo rinovírus, Sars-CoV-2 (Covid-19), vírus sincicial respiratório (VSR) e adenovírus. Nos idosos, as ocorrências são principalmente atribuídas ao Sars-CoV-2.
Apesar dessas informações, os dados por faixa etária apontam uma interrupção na tendência de crescimento de SRAG viral na população adulta, com uma queda notável em crianças e adolescentes. Essa redução é principalmente atribuída à diminuição ou estabilização nos casos associados à covid-19 em estados das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Os dados abrangem o período de 12 a 18 de novembro, com base nas informações inseridas no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 20 de novembro. A Fiocruz reitera a importância da vacinação gratuita contra a COVID-19, incentivando especialmente as doses de reforço, consideradas essenciais para a proteção completa, especialmente com a circulação da variante Ômicron em 2022.
