Alexandre Silveira viajará à Venezuela para vistoriar linha de transmissão e acelerar o fornecimento de energia elétrica da usina de Guri para Roraima.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fará uma viagem à Venezuela na próxima semana com o objetivo de acelerar a retomada da importação de energia elétrica da usina hidrelétrica de Guri, situada no Rio Caroni, para o estado de Roraima. Durante a visita, Silveira vistoriará a linha de transmissão que conecta a usina venezuelana a Roraima e avaliará a capacidade de geração da hidrelétrica.
A intenção é que, após a inspeção, o ministro retorne do país vizinho com datas definidas para a retomada da importação. Silveira declarou: “Se a linha estiver segura e a produção de energia em Guri estiver dentro da normalidade, acredito que em 30 dias já vamos ter essa energia chegando em Boa Vista.” A retomada da importação de energia da Venezuela foi possibilitada por um decreto presidencial assinado em agosto.
Essa medida é fundamental, uma vez que Roraima é atualmente o único estado brasileiro que não faz parte do Sistema Interligado Nacional. O estado obtém seu suprimento energético por meio de usinas termelétricas que utilizam óleo diesel, o que torna a energia mais cara e poluente. Roraima foi abastecida com energia elétrica de Guri entre 2001 e 2019, mas o fornecimento foi interrompido devido a apagões na Venezuela.
A importação de energia da Venezuela representará segurança energética para Roraima e proporcionará uma economia de R$ 10 milhões por mês para os consumidores de energia no Brasil. O ministro ressaltou o desejo do Brasil de modernizar seu sistema energético e fortalecer a integração com países vizinhos, visando garantir o suprimento de energia com tarifas mais acessíveis. Atualmente, o Brasil mantém intercâmbios internacionais de energia elétrica com a Argentina, o Uruguai e o Paraguai, através da Usina Hidrelétrica Binacional de Itaipu.
Outra medida do governo em andamento é a interligação de Roraima ao Sistema Interligado Nacional, que, segundo o ministro, deverá ser concluída em um prazo de 1 ano. Isso contribuirá para o desenvolvimento e a segurança energética na Região Norte do Brasil.