Ministro da Fazenda anuncia previsão de aprovação de instrumentos financeiros para o Plano de Transformação Ecológica até o fim do ano

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Fernanda Haddad destaca medidas e projetos para impulsionar a sustentabilidade e inovação tecnológica no Brasil

O ministro da Fazenda, Fernanda Haddad, anunciou nesta sexta-feira (23) que os instrumentos financeiros essenciais para o Plano de Transformação Ecológica do governo federal deverão estar aprovados no Congresso Nacional até o fim do ano. O plano, apresentado pelo ministro em meados de agosto, visa a criação de um mercado regulado de carbono, emissão de títulos soberanos sustentáveis e a reformulação do fundo do clima para financiar atividades que envolvem inovação tecnológica e sustentabilidade.

Além dessas medidas, o plano inclui a criação de uma taxonomia sustentável nacional, um conjunto de normas para reconhecer projetos ou ativos sustentáveis, e que possa servir de baliza para orientar investimentos públicos e privados. O projeto também prevê ações concretas para fomentar o mercado de combustíveis do futuro e incentivar a adesão a fontes de energia mais limpas e sustentáveis.

Fernanda Haddad enfatizou que as iniciativas estão em andamento, com o projeto de regulamentação do mercado de crédito de carbono já em tramitação no Senado e o projeto Combustível do Futuro em análise na Câmara. Ele ainda destacou a previsão de emissão dos primeiros títulos soberanos sustentáveis nas próximas semanas.

O ministro também mencionou o Plano de Ação da Taxonomia Sustentável Brasileira, que recentemente entrou em consulta pública e está previsto para entrar em funcionamento em 2025. A taxonomia será voluntária neste ano e obrigatória a partir de 2026, proporcionando diretrizes para investimentos e iniciativas sustentáveis.

Haddad aproveitou sua visita à Universidade de São Paulo (USP) para conhecer o avançado projeto de transformação do etanol em hidrogênio, uma tecnologia inovadora que tem o potencial de zerar a emissão de carbono em veículos motorizados, gerando apenas água como resíduo. O projeto é estratégico para o Brasil, que tem uma vasta rede de postos de abastecimento veicular com etanol disponível. A tecnologia, já em teste na USP, utiliza uma célula para converter o hidrogênio em energia elétrica, com a água como único resíduo produzido.

O ministro destacou a importância desse projeto e assumiu o compromisso de levar a proposta à consideração dos órgãos federais, enfatizando sua defesa pelo apoio financeiro necessário para sua implementação. O projeto tem o potencial de revolucionar a mobilidade no Brasil, trazendo avanços significativos para a sustentabilidade e o desenvolvimento tecnológico do país.