Os ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e Mudança do Clima e da Agricultura e Pecuária estão trabalhando juntos para organizar centros de operação de emergência no enfrentamento da gripe aviária no Brasil. A doença foi registrada pela primeira vez no país este mês, com oito casos confirmados em aves silvestres – sete no Espírito Santo e um no Rio de Janeiro.
Os ministros e as ministras responsáveis pelas pastas se reuniram para estabelecer protocolos e definir estratégias de atuação na emergência zoossanitária da influenza aviária. A cooperação visa evitar a transmissão entre animais e humanos, bem como reduzir os impactos ambientais decorrentes da contaminação das aves. Até o momento, não há registro de casos da doença em humanos no país.
O Ministério da Saúde destaca que a transmissão da gripe aviária ocorre por meio do contato com aves doentes ou mortas. A orientação do Ministério da Agricultura e Pecuária é que a população não recolha aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário mais próximo para evitar a disseminação da doença.
Em resposta aos casos detectados, o Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional. A medida tem validade de 180 dias e suspende a realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves, além da criação de aves ao ar livre em estabelecimentos registrados no ministério.
O governo ressalta que não houve mudanças no status do Brasil como país livre de influenza aviária de alta patogenicidade, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal, uma vez que não há registros na produção comercial. A situação está sendo monitorada e medidas preventivas estão sendo adotadas para conter a propagação da doença.
