
Iniciativa será implementada pelo Idesam e contemplará cinco municípios com baixos indicadores socioeconômicos, envolvendo manejo comunitário de floresta nativa nas cadeias da madeira, óleos vegetais e castanha-do-Brasil
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou o investimento de R$ 2,5 milhões para apoiar projetos de bioeconomia florestal em cinco municípios com baixos indicadores socioeconômicos no Amazonas: Apuí, Itapiranga, São Sebastião do Uatumã, Lábrea e Carauari. A iniciativa será implementada pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) em parceria com outros investidores, que aportarão mais R$ 2,5 milhões.
Os projetos deverão envolver o manejo comunitário de floresta nativa nas cadeias da madeira, óleos vegetais e castanha-do-Brasil. Segundo o BNDES, a seleção dos projetos será feita por meio de uma chamada pública e populações extrativistas, produtores familiares moradores de Unidades de Conservação e beneficiários de programas da reforma agrária poderão participar por meio de suas cooperativas e organizações sociais.
Para que a produção decorrente desses projetos seja comercializada, será utilizada a marca coletiva Inatú, criada a partir de uma parceria do Idesam com associações e cooperativas. Essa marca é administrada pelos próprios produtores e extrativistas, que conseguem ter acesso a processos produtivos mais modernos para beneficiamento dos insumos e atingir o consumidor final por meio de parcerias com pequenas e médias empresas. Alguns dos produtos já disponíveis são óleos de andiroba, de café verde e de breu, óleo resina de copaíba e manteigas de cupuaçu e de mururu.
As organizações que forem selecionadas receberão assistência técnica e atividades de capacitação que beneficiarão 150 pessoas. Além disso, serão realizadas ações para contribuir para a criação de uma cadeia de transformação de resíduos orgânicos dos processos produtivos dos óleos e da castanha em bioplástico.
Segundo o BNDES, o apoio a iniciativas que viabilizam atividades econômicas sustentáveis é o caminho mais inclusivo e efetivo para reduzir a pressão sobre o bioma e contribuir para manter a floresta em pé. Essa iniciativa mostra que é possível conciliar o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental, além de promover a inclusão social e a geração de renda em comunidades que dependem da floresta para sobreviver.