20 milhões de brasileiros têm alguma perda de função renal; saiba como prevenir

 

O nefrologista Lucio Requião disse que o Dia Mundial do Rim serve para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce

 

O Dia Mundial do Rim, coordenado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), busca conscientizar a população sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce das doenças renais.

À CNN Rádio, o secretário geral da SBN Lucio Requião disse que 10% da população brasileira tem “algum grau de perda de funcionamento dos rins”, o que equivale a 20 milhões de pessoas.

“A doença renal crônica costuma ser silenciosa, não apresenta qualquer sintoma ou sinal”, destacou.

Por esse motivo, “quando o médico se dá conta o paciente já perdeu a capacidade de filtragem do sangue.”

Na avaliação do nefrologista “por isso a campanha de conscientização e prevenção é importante”, a fim de se obter o diagnóstico inicial e parar a progressão da doença, evitando a necessidade de diálise ou mesmo transplante de rins.

A melhor forma de identificar as doenças relacionadas ao funcionamento dos rins é simples, de acordo com o médico: um exame de sangue.

“A taxa de creatinina é um exame de sangue que está disponível no SUS”, informou.

E ele completou: “Creatinina alta significa rim funcionando pouco, e isso é mais nocivo do que colesterol alto.”

Requião alertou que o diagnóstico nos estágios iniciais é essencial, especialmente, para as pessoas sob o risco da doença.

Este grupo é composto por quem tem pressão alta, diabetes, histórico familiar de doença renal crônica, uso constante de medicamentos como anti-inflamatórios e pacientes com idade avançada.

Na fase mais avançada da doença, sintomas como alta de ar, falta de apetite, enjoo, inchaço nas pernas e dificuldade para dormir servem de alerta.

O foco da campanha é “o grande problema de saúde pública que é a doença renal crônica”, mas Requião lembra que o órgão é “facilmente acometido por diversas doenças, como infecções urinárias e pedras nos rins”.

*Com produção de Isabel Campos (CNN)