Aos 72 anos, morre o fotógrafo Orlando Brito

 

 

Premiado no mundo inteiro, Brito passou pelas principais redações do país e registrou o poder, na ditadura e na democracia

 

Morreu nesta sexta-feira o fotógrafo Orlando Brito, um dos mais reconhecidos e premiados fotógrafos do país. Estava com 72 anos. Sua carreira foi marcada pela cobertura do poder. Em Brasília, registrou de perto a ditadura e a democracia. Passou pelas redações dos maiores veículos do país e teve inúmeras de suas fotos premiadas mundo afora.

Mineiro, Brito chegou a Brasília no início da construção da capital. Se interessou pela fotografia e nunca mais a largou. Foi seu ofício até o fim.

Orlando Brito tem uma extensa biografia profissional. Viajou mais de 60 países, fez coberturas de presidentes da República, trabalhou em várias Copas do Mundo de futebol e Olimpíadas. Tem seis livros publicados.

Em redações, passou pelo “O Globo” (de 1968 a 1982). Seguiu para a revista “Veja”, onde ficou por 16 anos e chegou a editor de fotografia nessa publicação. No “Jornal do Brasil”, também foi editor de fotografia, nos anos 1980.

“Corpo e Alma” é seu mais recente livro, lançado em dezembro de 2006. Além dele, o fotógrafo Orlando Brito lançou quatro outros livros de fotografia, intitulados “Perfil do Poder” (1982), “Senhoras e Senhores” (1992), “Poder, Glória e Solidão” (2002) e “Iluminada Capital” (2003) e está presente em mais de 30 outros, coletivos.

Mais recente, dirigia sua própria agência de notícias, a “ObritoNews” e trabalhava em três outros livros, além de cursos e palestras ministradas em faculdades de jornalismo e em empresas.

Brito estava internado há algumas semanas, em Brasília, com complicações no intestino. Passou por cirurgias, mas não resistiu. A doença atingiu outros órgãos.

Para custear o tratamento, a família disponibilizou para a venda imagens de seu amplo acervo.

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