
Deputado do PL-MG defende ação policial no Rio, critica STF e afirma que facções devem ser tratadas como terroristas
Em discurso na tribuna da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (28), o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) voltou a provocar polêmica ao comentar a operação das forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou na morte de mais de 60 suspeitos. O parlamentar classificou a ação como “a maior faxina já realizada na História do Rio”, expressão que dividiu opiniões entre parlamentares e especialistas em segurança pública.
Nikolas lamentou a morte de quatro policiais, citando nominalmente os agentes como forma de homenagem, e os chamou de “heróis” no combate ao crime. No entanto, o tom adotado pelo deputado ao se referir aos mortos nas comunidades foi criticado por setores que defendem uma abordagem mais equilibrada, ressaltando que a segurança pública deve se pautar por legalidade e proporcionalidade no uso da força.
Durante o pronunciamento, o deputado também atacou membros da esquerda, afirmando que “quando o traficante é morto pela polícia, eles estão de luto”, e insinuou que os opositores “perderam 60 eleitores”. Nikolas ainda fez menção a imagens antigas de presidiários comemorando a vitória do presidente Lula (PT) nas eleições, associando-as à sua crítica política.
O parlamentar responsabilizou o Supremo Tribunal Federal (STF) por restringir operações policiais em favelas, o que, segundo ele, teria contribuído para o fortalecimento de facções criminosas e transformado as 1.700 comunidades controladas por traficantes em “refúgio para criminosos de outros Estados”.
Encerrando o discurso, Nikolas defendeu que as facções criminosas sejam tratadas como grupos terroristas: “Nosso país precisa de paz. E, para isso, é necessário acabar com quem tira a nossa tranquilidade.”










