O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda nomear uma mulher para o comando da Advocacia-Geral da União (AGU) caso confirme a escolha do ministro Jorge Messias para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso.
Segundo interlocutores do Planalto, a medida seria uma forma de equilibrar a composição de gênero no alto escalão do governo e amenizar a repercussão da eventual indicação de mais um homem à Suprema Corte — o terceiro durante o atual mandato do petista.
Entre os nomes citados por assessores do governo para assumir a AGU estão Anelize Almeida, Clarice Calixto e Isadora Cartaxo, todas integrantes da atual cúpula da pasta.
Anelize Almeida, atual procuradora da Fazenda Nacional, é apontada como a favorita para o posto. Ela conta com o apoio de ministros do STF e é a preferida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Já Isadora Cartaxo, secretária-geral de Contencioso, é responsável pela coordenação das ações da AGU no Supremo. Clarice Calixto, procuradora-Geral da União, mantém bom relacionamento com autoridades tanto do Executivo quanto do Judiciário.
Lula deve anunciar em breve o substituto de Barroso no STF. Jorge Messias, atual advogado-geral da União, é considerado o nome mais forte para a vaga. Nos últimos dias, no entanto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem recebido apoios no Legislativo e no Judiciário, o que pode alterar o cenário.
Antes de bater o martelo, o presidente pretende se reunir nesta semana com o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e com ministros do Supremo.
Dentro do PT, aliados avaliam que a definição rápida do nome evitaria uma exposição prolongada de Messias, já que partidos de oposição articulam estratégias para dificultar sua aprovação no Senado.
