
Estado antecipa exigência do STF e reforça segurança com investimento de R$ 22,9 milhões em tecnologia de revista humanizada
A Polícia Penal de Goiás finalizou a instalação de scanners corporais em todas as 85 unidades prisionais do estado, tornando-se referência nacional ao antecipar o cumprimento de uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), cujo prazo final é abril de 2027. O investimento do Governo de Goiás na locação dos últimos 55 equipamentos necessários foi de R$ 22,9 milhões para um período de 60 meses.
Os novos equipamentos reforçam a segurança nas unidades e impedem a entrada de itens ilícitos, como drogas, armas e celulares. Segundo o diretor-geral da Polícia Penal, Josimar Pires, a medida representa um avanço significativo. “Os equipamentos reforçam a segurança dos estabelecimentos penais e garantem a aplicação de um método de revista pessoal a todos visitantes de modo mais digno e humanizado”, afirmou.
Além da instalação, a contratação inclui manutenção preventiva e corretiva, treinamento dos servidores e operação assistida. “Além de inibir a entrada de material ilícito, os scanners facilitam o controle de acesso de pessoas nas modalidades de visitação. É de extrema importância para a manutenção do controle total do sistema prisional pela Polícia Penal”, destacou o superintendente de Segurança Penitenciária, Leopoldo de Castro Coelho.
A determinação do STF, de abril deste ano, concedeu prazo de 24 meses para que todos os estados brasileiros instalem scanners corporais, esteiras de raios X e detectores de metais em seus estabelecimentos penais. Goiás, entretanto, se adiantou e já cumpre integralmente a medida.
Entre 2019 e 2024, o Governo de Goiás investiu mais de R$ 350 milhões na modernização do sistema prisional, incluindo reformas, construção de unidades, aquisição de viaturas, armamentos e equipamentos. Apenas em 2025, a Polícia Penal recebeu R$ 41,9 milhões em novos recursos para ampliar a segurança.
O resultado das melhorias tem sido expressivo: o estado não registra rebeliões há quatro anos e reduziu em 99% a apreensão de celulares entre 2018 e 2024. Desde 2023, não há registros de apreensão de armas de fogo nos presídios goianos.