
O governador de Goiás e presidente estadual do União Brasil, Ronaldo Caiado, anunciou neste domingo (5) que a Executiva Nacional do partido se reunirá na próxima quarta-feira (8) para deliberar sobre a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino (PA), da legenda. A medida, segundo Caiado, se deve à “reiterada infidelidade partidária” por parte do ministro.
“Após tratativas com o presidente Antonio de Rueda, comunico que está decidida a realização, na próxima quarta-feira, dia 08/10, de Reunião da Executiva Nacional do União Brasil para decidir a expulsão do Deputado Celso Sabino por reiterada infidelidade partidária”, escreveu o governador em nota publicada nas redes sociais.
Além da possível expulsão de Sabino, o partido também deverá votar a dissolução do diretório estadual no Pará, atualmente sob o comando do próprio ministro. Caiado justificou a decisão como parte de um processo de reestruturação da sigla no estado.
“Na ocasião, também decidiremos a dissolução do Diretório do Pará, com a consequente reestruturação do partido nos municípios daquele Estado, a fim de que o União Brasil seja comandado por quem realmente se posiciona contra o Governo do PT e luta contra a venezuelização do nosso País”, afirmou.
Impasse e resistência
Celso Sabino anunciou no dia 26 de setembro sua intenção de deixar o cargo de ministro do Turismo, atendendo a uma orientação da cúpula do União Brasil. Na ocasião, declarou ter entregue sua carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, até o momento, Sabino ainda permanece no posto.
Segundo apuração da CNN, antes de confirmar a saída, Sabino tentou negociar uma licença partidária, numa tentativa de conciliar sua permanência no governo com sua filiação ao União Brasil. Ele era o último integrante da legenda a ocupar um cargo de primeiro escalão na gestão petista.
No mês passado, o União Brasil havia dado um ultimato aos seus filiados nomeados para cargos no Executivo federal: ou deixariam seus postos em 24 horas, ou seriam enquadrados por infidelidade partidária.
Em nota divulgada pelo partido, a direção da legenda afirmou que “causa profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no governo Lula – movimento legítimo, democrático e amplamente debatido nas instâncias superiores”.
A reunião da próxima quarta-feira deve selar o rompimento definitivo entre a sigla e Sabino, aprofundando a estratégia do União Brasil de se reposicionar como força de oposição ao governo Lula.