Subsecretário de Praia Grande tem armas, dinheiro e eletrônicos apreendidos em investigação sobre morte de ex-delegado

Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado executado no litoral de São Paulo Foto: Reprodução

 

Além de Sandro Rogério Pardini, outros quatro servidores municipais foram alvo de mandados de busca e apreensão; defesa nega qualquer envolvimento

 

 

A Polícia Civil de São Paulo cumpriu mandados de busca e apreensão contra o subsecretário de Gestão e Tecnologia de Praia Grande, Sandro Rogério Pardini, e outros quatro funcionários públicos da cidade, no litoral paulista, no âmbito das investigações sobre o assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes.

Na residência de Pardini foram apreendidos celulares, computadores, três pistolas, R$ 50 mil em espécie, mil euros, 10 mil dólares, além de registros de armas e de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador). Também foram encontrados bilhetes com anotações de nomes e um envelope de corretora de câmbio.

A defesa do subsecretário afirma que ele “nega veementemente” qualquer participação no crime e reforça que os objetos apreendidos não têm relação com os fatos investigados. Pardini, segundo seu advogado, foi ouvido apenas como testemunha e está à disposição da Justiça.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio da Polícia Civil de Santos e Praia Grande, coordenou a operação, que ocorreu em endereços nos municípios de Santos, São Vicente e Praia Grande.

Ruy Ferraz Fontes foi executado após deixar o expediente na Prefeitura de Praia Grande, onde era secretário de Administração. O crime, considerado de alto grau de planejamento, envolveu uso de fuzis e ocorreu em via movimentada. Fontes era conhecido por sua atuação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção apontada pelo secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, como principal suspeita pelo homicídio.

Até o momento, oito suspeitos foram identificados, sendo quatro presos, entre eles um possível executor. Outro envolvido morreu em confronto com a polícia no Paraná. As investigações continuam para esclarecer a motivação e identificar os mandantes do crime.