Programa atinge 19,07 milhões de famílias neste mês, 1,43 milhão a menos que em junho; governo aponta aumento da renda e empregos formais como fatores para saída de beneficiários.
O Bolsa Família vai pagar em setembro um total de R$ 12,96 bilhões para 19,07 milhões de lares em todo o país. O número representa uma redução de 1,43 milhão de famílias em comparação a junho, quando 20,5 milhões eram atendidas.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), a queda no número de beneficiários é resultado tanto do fluxo natural de entradas e saídas do programa quanto do aumento da renda familiar. Apenas em julho, cerca de 1 milhão de domicílios deixaram de receber o benefício por superarem os limites de renda.
O MDS destacou que 536 mil famílias encerraram o período da chamada Regra de Proteção, mecanismo que garante metade do valor do benefício por tempo limitado a quem passa a ter renda per capita entre R$ 218 e meio salário mínimo (R$ 706 atualmente).
Outro fator apontado pelo governo é a melhora no mercado de trabalho. Desde 2023, mais de 14 milhões de pessoas saíram da pobreza no Cadastro Único, reflexo da geração de 1,69 milhão de vagas formais apenas em 2024, das quais quase 99% foram preenchidas por inscritos no CadÚnico e 75,5% por beneficiários do Bolsa Família.
O valor mínimo do benefício segue em R$ 600 por família, podendo ser maior conforme a composição do lar. Estão previstos adicionais de R$ 150 para crianças de até 6 anos, além de R$ 50 para gestantes, jovens de 7 a 18 anos e nutrizes (mães de bebês de até seis meses, por seis meses consecutivos).
Para receber, é necessário estar inscrito no Cadastro Único com renda mensal per capita de até R$ 218. A inclusão no programa, no entanto, ocorre de forma automática e mensal, conforme as regras estabelecidas pelo governo.
