Estudo aponta 16 profissões mais promissoras para a indústria até 2035

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Levantamento da CNI destaca ocupações técnicas e de nível superior ligadas a tecnologias emergentes como IA, blockchain e internet das coisas

Um estudo realizado pelo Observatório Nacional da Indústria, ligado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou as 16 profissões que devem liderar a demanda do setor até 2035. O levantamento projeta mudanças profundas no mercado de trabalho industrial, impulsionadas pela adoção de novas tecnologias e pela transformação digital.

Segundo o superintendente do observatório, Márcio Guerra, funções repetitivas e operacionais tendem a perder espaço para ocupações que exigem análise, criatividade e atuação interdisciplinar.

“Os trabalhadores atuais vão precisar se adaptar de forma contínua, desenvolvendo habilidades como fluência digital, análise de dados e resolução de problemas complexos”, afirmou.

Profissões do futuro na indústria

O estudo divide as novas demandas entre nível técnico e nível superior:

Nível técnico

  • Técnico em microrredes e energias renováveis

  • Técnico em cibersegurança industrial

  • Técnico em manufatura aditiva (impressão 3D)

  • Técnico em manutenção preditiva

  • Técnico em internet industrial das coisas (IIoT) e conectividade industrial

  • Técnico em operação de robôs e drones autônomos

  • Técnico em realidade aumentada/virtual (RA/RV)

  • Técnico em sensoriamento remoto e geotecnologias

Nível superior

  • Gerente de inovação aberta e colaborativa

  • Gestor de sustentabilidade e economia circular

  • Especialista em gêmeos digitais e modelagem virtual

  • Especialista em governança algorítmica e ética digital

  • Cientista de dados industrial

  • Engenheiro de machine learning e inteligência artificial industrial

  • Engenheiro de edge computing

  • Arquiteto de soluções blockchain para cadeia de suprimentos

O levantamento estima que, em dez anos, 60% das indústrias terão demanda por técnicos em cibersegurança industrial e cerca de 50% por técnicos em microrredes.

Tecnologias emergentes

Entre os recursos que devem transformar a indústria estão a inteligência artificial, a internet industrial das coisas, os gêmeos digitais, a manufatura aditiva, o blockchain e a realidade aumentada. Essas ferramentas, de acordo com o estudo, serão “elementos centrais na redefinição de processos produtivos e modelos de negócio”.

Para Guerra, a adoção dessas tecnologias exige mais do que capacitação técnica:

“Não se trata apenas de operar máquinas e equipamentos, mas de compreender os sistemas que as conectam, analisar os dados que elas produzem e tomar decisões baseadas em evidências”.

O estudo reforça que a formação de profissionais qualificados será essencial para garantir a competitividade da indústria brasileira no cenário global.