
Acordo oficializado durante inauguração do Centro Regional de Inovação em Vacinas e Biofármacos busca fortalecer soberania sanitária e cooperação científica na América Latina
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o governo do Panamá assinaram, nesta sexta-feira (12), um memorando de entendimento para impulsionar a cooperação científica e tecnológica na área de imunobiológicos. O acordo foi formalizado durante a inauguração do Centro Regional de Inovação em Vacinas e Biofármacos (CRIVB AIP), em território panamenho, que nasce com a missão de fortalecer a capacidade regional de pesquisa, desenvolvimento e produção de vacinas e biofármacos.
O compromisso firmado é resultado direto da visita do presidente José Raúl Mulino ao Brasil, em agosto, quando se reuniu no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, Lula destacou que a Fiocruz contribuiria para ampliar a capacidade panamenha de produção de vacinas e ajudar na criação de um polo farmacêutico regional.
“A assinatura deste documento consolida o compromisso da Fiocruz com parcerias que favoreçam o fortalecimento dos sistemas de saúde na América Latina e Caribe, promovendo integração científica, tecnológica e capacidade local de produção”, afirmou o presidente da Fiocruz, Mario Moreira.
O CRIVB AIP, iniciativa da Secretaria Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do Panamá, conta com uma estrutura que inclui planta de produção de vacinas, laboratórios de diagnóstico e desenvolvimento de produtos, além de programas de capacitação e cooperação regulatória.
Segundo o vice-diretor de Inovação de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Ricardo de Godoi, a parceria deve gerar impactos diretos para a saúde pública regional:
“Esperamos avançar em projetos de grande impacto, reafirmando nossa vocação de trabalhar pela ciência e pela equidade no acesso a vacinas e biofármacos.”
Além de reforçar a presença estratégica da Fiocruz na América Latina, a cooperação busca consolidar a soberania sanitária regional. A localização privilegiada do Panamá, somada à sua infraestrutura logística, é vista como fator decisivo para garantir a distribuição ágil e equitativa de imunobiológicos em toda a região, ampliando a capacidade de resposta diante de emergências de saúde.