
Estudo populacional mostra que 42,8 milhões de pessoas vivem em grandes centros urbanos; apenas Guarulhos e Campinas não são capitais.
O Brasil conta atualmente com 15 cidades com mais de 1 milhão de habitantes, segundo estimativa da população divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em 1º de julho de 2025. Esses municípios somam 42,8 milhões de pessoas, o equivalente a 20,1% da população brasileira — ou seja, um em cada cinco brasileiros.
Entre as cidades listadas, apenas duas não são capitais: Guarulhos e Campinas, ambas em São Paulo. Já a capital paulista segue como a maior cidade do país, com 11,9 milhões de habitantes. Caso fosse um estado, São Paulo ocuparia a quarta posição mais populosa do Brasil, atrás apenas de São Paulo (estado), Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
A população brasileira total chegou a 213,4 milhões de pessoas, crescimento de 0,39% em um ano. Apesar disso, cinco capitais apresentaram redução populacional entre 2024 e 2025: Salvador (-0,18%), Belo Horizonte (-0,02%), Belém (-0,09%), Porto Alegre (-0,04%) e Natal (-0,14%).
Segundo o gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Márcio Minamiguchi, a perda populacional está relacionada à conurbação com cidades vizinhas, já que a população tende a se deslocar do centro para áreas periféricas das regiões metropolitanas.
As 30 regiões metropolitanas brasileiras concentram atualmente 103,5 milhões de pessoas (48,5% da população nacional), com destaque para São Paulo (21,6 milhões), Rio de Janeiro (12,9 milhões) e Belo Horizonte (6 milhões).
Na outra ponta, o país possui 26 municípios com menos de 1,5 mil habitantes. Quatro deles têm menos de mil moradores: Serra da Saudade (MG), Anhanguera (GO), Borá (SP) e Araguainha (MT). Para efeito de comparação, um avião Airbus A350-1000 pode levar até 400 passageiros — menos da metade da população dessas pequenas cidades.
De acordo com o IBGE, a população do Brasil deve continuar crescendo até 2041, quando atingirá 220,43 milhões de habitantes. A partir de 2042, o país deve iniciar uma trajetória de redução populacional, chegando a 199,2 milhões de pessoas em 2070.