Ex-governador articula com PL e PSD em meio à votação no Senado de projeto que pode anistiar políticos condenados por corrupção
Um movimento silencioso de José Roberto Arruda voltou a agitar os bastidores da política no Distrito Federal. O ex-governador, enquadrado na Lei da Ficha Limpa, prometeu ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disputar uma vaga de deputado federal, ao mesmo tempo em que garantiu ao PSD de Gilberto Kassab a candidatura ao Palácio do Buriti. A manobra busca engajar os dois partidos na aprovação do projeto que será votado nesta quarta-feira (27) no Senado e que pretende reduzir as barreiras da legislação que pune políticos condenados.
A proposta, de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, estabelece em oito anos o prazo único de inelegibilidade, medida que pode anistiar condenados por corrupção. A votação estava prevista para terça-feira (26), mas foi adiada pelo relator, senador Weverton (PDT-MA), que negocia apoio e tenta superar resistências.
Se aprovado, o texto abrirá espaço para que nomes barrados pela Ficha Limpa — como Arruda e o próprio Eduardo Cunha — retornem às urnas já em 2026.
